A Peça Que Dá Para O Torto: Uma Produção Onde Tudo O Que Pode Correr Mal … Corre … Menos A Boa Disposição

Reportagem de Elsa Furtado

Uma peça dentro de uma peça, é a proposta de A Peça Que Dá Para O Torto, uma produção que convida a rir mesmo antes da peça começar, com uma inusitada cena de pré-show, que envolve e surpreende o público, preparando-o (ou talvez não) para o que o espera.

A versão que agora sobe a cena no palco do Teatro Tivoli, em Lisboa, é uma adaptação da produção britânica The Play That Goes Wrong, da autoria de Henry Lewis, Jonathan Sayer e Henry Shields, em cena no West End desde 2014. Estreou em Portugal em 2020, com adaptação de Nuno Markl, encenação de Hannah Sharkey e encenação residente de Frederico Corado, numa produção UAU, que agora recupera este sucesso dos palcos.

A acção centra-se na apresentação de uma peça, por uma companhia amadora, com encenação de Carlos Feijó. Em palco estão os atores que dão vida às personagens de um mistério que tem lugar nos anos 20, nos bastidores – a equipa de produção, como é suposto estar.

À primeira vista, tudo parece bem, um cenário “compostinho”, com dois espaços distintos, um “galã”, uma “donzela romântica”, um mordomo fiel, amigos sinceros e um inspetor aparentemente competente, e claro, uma vítima, cada qual no seu lugar. Mesmo o cenário, depois de alguns precalços iniciais, tem, aparentemente tudo no lugar… Tudo parece correr mais ou menos bem … parece, porque o cenário começa a desmorenar-se, há precalços e imprevistos, os atores sofrem acidentes e incidentes, o pessoal da produção, que devia passar despercebido e não ser visto, de repente está em palco, e tudo o que podia correr mal, corre, e no final, será que conseguimos desvendar o Crime da Mansão Haversham, e descobrir quem matou o seu proprietário?

Para saber a resposta é preciso assistir à peça, e ter alguma resiliência para aguentar os imprevistos, ao longo de cerca de duas horas (mais intervalo), no meio de muitas, muitas gargalhadas (da parte do público, pois claro).

Uma peça que faz rir desde o momento em que nos sentamos, antes das luzes se apagarem e as cortinas se abrirem, até ao momento final.

A dar vida aos personagens está um excelente elenco, composto por Ana Marta Contente, André Leitão, Duarte Grilo, Leonardo Proganó, Matilde Breyner, Afonso Lagarto, Telmo Ramalho e Valter Teixeira, que nunca se desmancham “do seu boneco” no meio de tantos incidentes e imprevistos.

A versão original já venceu mais de 11 prémios, incluindo os prestigiados Olivier, Tony e Molière, e já foi apresentada em 49 países dos 5 continentes.

Para já, vamos poder vê-la em Lisboa, no Teatro Tivoli, de 8 a 12 de abril, às 21h00, e dia 13 às 16h00. Os bilhetes estão à venda no local e online, e custam 15 euros.

Segue depois para o Porto, onde vai estar no Coliseu, de 5 a 7 de junho, às 21h00, e dia 7 às 16h00, e os bilhetes (à venda no local e online) custam entre 18 e 25 euros.

Artigo anteriorQuis Saber Quem Sou Chega Ao Coliseu Dos Recreios
Próximo artigoNuno Ribeiro Anuncia Concerto No Coliseu Dos Recreios Em 2026

Deixe uma Resposta

Por favor digite seu comentário!
Insira o seu nome