No dia 21 de março celebra-se o Dia Mundial da Poesia, para assinalar a data o Centro Cultural de Belém (CCB) promove no dia 22 de março, sábado, um programa de atividades que vai até ao início da noite. A entrada é gratuita, apenas limitada à lotação de cada espaço.
“Neste dia será dada voz à poesia, não apenas a quem a escreve, mas também a quem a lê e divulga, ou a quem a canta. Não esquecendo «os poetas que (não) perdemos», mas que nos deixaram recentemente, atores, diseurs e músicos irão interpretar, ou acompanhar, versos de vozes que nunca deixaremos de escutar. Poetas contemporâneos juntar-se-ão à festa com as leituras dos seus próprios textos, numa instalação em vídeo. Uma sessão de homenagem a Nuno Júdice, que contará com material inédito sobre o poeta; a poesia no fado, com Aldina Duarte; um podcast; ou um atelier de ilustração para os mais novos são alguns dos destaques deste Dia da Poesia, que promete terminar com uma viagem por 100 anos da moderna poesia portuguesa, com um recital concebido por João Gesta, reconhecido programador de espetáculos de poesia, propositadamente para esta data”, anunciou o CCB.
O dia começa pelas 11h30, com um atelier de envolve desenho, pintura, recorte e colagem, dirigido a maiores de 6 anos – Atelier Um Fio de Poemas. O desafio é lançado pela ilustradora Rachel Caiano, em que se pode ler, ouvir e desenhar poesia. Tendo como ponto de partida uma seleção de poemas, escolhidos pela ilustradora e utilizando materiais como o carvão vegetal, o pastel seco e técnicas como os carimbos, o recorte e a colagem, os visitantes terão como tarefa construir um livro em harmónio, dividido entre a poesia e a ilustração. As inscrições devem ser feitas até dia 18 de março, através do e-mail: inscrições@ccb.pt.
Entre as 12h00 e as 13h00, Inês Maria Meneses grava, na Sala de Leitura, um podcast especial enquanto conversa com as curadoras responsáveis pelo Dia Mundial da Poesia no CCB – Filipa Leal e Maria do Rosário Pedreira. Uma entrevista intimista onde a poesia, a escrita e a celebração das palavras ganham voz. Um momento único para refletir sobre a importância da poesia e da criação literária com três apaixonadas pela literatura.
Às 14h30, haverá uma Homenagem a Nuno Júdice, na Sala Almada Negreiros. Uma sessão que contará com um filme inédito de Teresa Júdice, leituras de Raquel Marinho e com a participação de Helena Amaral, Luís Filipe Castro Mendes, Ricardo Marques e Rita Taborda Duarte.
Às 15h00 e às 18h00, Inês Maria Meneses regressa à Sala de Leitura com a Sessão “Poema no Bolso”. O público é desafiado a recitar um poema da sua predileção.
Enquanto isso, às 16h00, na Sala Fernando Pessoa, quatro atores de diferentes gerações – Beatriz Brás, Cucha Carvalheiro, Flávia Gusmão e Luís Lucas – darão voz aos versos de poetas de língua portuguesa que morreram nos últimos anos.
A poesia e fado unem-se, mais tarde, pelas 17h30, na Sala Luís de Freitas Branco.
Partindo do livro Esse Fado Vaidoso, antologia sobre fados escritos por poetas, as duas autoras, Aldina Duarte e Maria do Rosário Pedreira, conversam sobre o lugar da poesia no fado, ilustrando as suas sempre interessantes reflexões com a interpretação de alguns fados do seu repertório.
Na Sala Sophia de Mello Breyner Andresen, às 19h00, terá lugar um recital de poesia – A Noite que Acaba de Passar Vai Para o Mesmo Local Onde Está a Noite Mais Antiga do Mundo, acompanhado pela música. Uma viagem por um século de poesia moderna portuguesa através de três dezenas de poemas selecionados por João Gesta e recitados por Francisca Bartilotti, Sofia Bodas de Carvalho e Paulo Campos dos Reis. Acompanham ainda a viola campaniça e as leituras de O Gajo e José Anjos, a voz e a guitarra de Romeu Bairos.
Os visitantes poderão ainda ver “Não tenhas medo, ouve: é um poema”, uma instalação de vídeo que será apresentada ao longo de todo o dia na Sala Maria Helena Vieira da Silva.
Também durante todo o dia, o público terá acesso a uma pequena Feira do Livro na recepção do CCB, reunindo a Almedina e a Bertrand numa celebração da literatura.
O programa completo pode ser visto aqui.
