A 17ª edição do Festival Músicas do Mundo chegou ao fim no sábado à noite passada em Sines. Foram 9 dias de uma viagem alucinante pelo panorama musical mundial. Mais de 40 concertos, entre a Vila de Porto Covo e a Cidade de Sines, três palcos, animação de rua, ateliers e oficinas, masterclasses, sessões de conto, sessões de cinema, encontros com personalidades e exposições.
Um ritmo de atividades alucinante, que trouxe de novo vida às ruas de Sines e entreteve os milhares de visitantes que, por estes dias, procuram no Litoral Alentejano um bilhete de ida sem data para voltar.
Entre grandes viagens, férias ou visitas ocasionais, esta foi sem dúvida mais uma edição de FMM recheada de gente dos quatro cantos do Mundo. A noite passada, a lotação do Festival atingiu o seu expoente máximo, tendo os bilhetes para o Castelo esgotado na totalidade.
Os que não quiseram perder a magia dentro das muralhas do Castelo, tiveram a oportunidade de assistir a cinco concertos diferentes, entre Pascals, Moriarty, Toumani & Sidiki Diabaté, o muito esperado Salif Keita e Orlando Julius e The Heliocentrics. Um desfile de artistas muito apreciado por uns, mas também alvo de algumas criticas por outros, em particular para Salif Keita que ficou bem aquém da sua última presença no FMM. Um espectáculo de 40 minutos e com a falha de alguns temas muito aguardados, foram as observações que se fizeram ouvir entre alguns fãs.
Mas para grandes males, grandes remédios, e Orlando Julius e The Heliocentrics trataram de levantar o astral do público e proporcionaram um momento de pura loucura, convidando o público, já no final do concerto, para se juntar a si no palco. Acompanhados de fogo de artificio foram a verdadeira cereja no topo do bolo FMM 2015 dentro do Castelo.
Já nos lados de fora das muralhas, Shanren, Yat-Kha, Alo Wala e Awesome Tapes From Africa passaram pelo palco da Avenida da Praia. Destaque para os “homens da montanha” – Shanren – que animaram a festa com uma junção da música das etnias Yi e Wa com estilos modernos do rock, raggae e hip hop. Em contrapartida, o final da noite foi, mais uma vez, alvo de alguma controvérsia. À luz das anteriores edições do Festival Músicas do Mundo, muito se aguardava uma despedida a dançar até de manhã, mas o estilo trazido por Alo Wala e o Dj Awesome Tapes From Africa não foi propicio para tal.
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Contudo, entre a qualidade inquestionável deste Festival, já reconhecida nacional e internacionalmente, e o espírito de amizade, fraternidade e alegria trazido por quem o visita, a 17ª edição do FMM foi, mais uma vez um sucesso.
Fica a recordação do que se viveu, a nostalgia e a saudade na esperança de que a edição de 2016 seja mais uma viagem inesquecível pelo Mundo e, de preferência, a dançar!
Reportagem de Ana Rodrigues
