No primeiro dos três concertos em Lisboa, depois de dois na cidade do Porto, Chico Buarque trouxe um samba novo para remediar o estrago. Foi na noite de 1 de junho, no Campo Pequeno.
Aplausos maiores irromperam com a entrada de Chico Buarque no palco, esboçando os passinhos de dança da sétima canção do alinhamento “O velho Francisco”. Antes disso, foi Mônica Salmaso que deu voz às composições, e que viria a acompanhar Chico num conjunto de harmoniosos duetos. Cerca de 30 canções pontuaram este concerto, que teve a imagem de Gal Costa projetada em “Mil Perdões” e uma homenagem dedicada à maninha Miúcha, já no primeiro encore.
Parco nos diálogos, focado nas canções, Chico gracejou com a possibilidade de esquecer um pedaço de letra, com o capricho que precisa de ter para tocar o seu violãozinho, para que nunca digam que ele não é o compositor e que compra as canções. Isso não.
E o concerto conteve tantas e boas composições tão suas. O novíssimo “Que Tal um Samba?” mesclado com o “Samba da Bênção” e o “Samba da Minha Terra” deram ritmo ao fecho do desfile de composições de Chico Buarque, antes de dois tão desejados encores.
“Um samba/ Que tal um samba?/Puxar um samba, que tal?/Para espantar o tempo feio/Para remediar o estrago (…)”
No primeiro encore, o “Tanto Mar” dedicado a Portugal depois de o “Maninha” que dedicou à irmã. No segundo encore, todo o Campo Pequeno de pé, a entoar o “João e Maria”, encerrou com ternura.




















