Chico Buarque Puxou Um Samba Para Espantar O Tempo Feio

Reportagem de Madalena Travisco (Texto) e Ana Filipa Correia (Fotografia)

Chico Buarque
Chico Buarque em Lisboa

No primeiro dos três concertos em Lisboa, depois de dois na cidade do Porto, Chico Buarque trouxe um samba novo para remediar o estrago. Foi na noite de 1 de junho, no Campo Pequeno.

Aplausos maiores irromperam com a entrada de Chico Buarque no palco, esboçando os passinhos de dança da sétima canção do alinhamento “O velho Francisco”. Antes disso, foi Mônica Salmaso que deu voz às composições, e que viria a acompanhar Chico num conjunto de harmoniosos duetos. Cerca de 30 canções pontuaram este concerto, que teve a imagem de Gal Costa projetada em “Mil Perdões” e uma homenagem dedicada à maninha Miúcha, já no primeiro encore.

Parco nos diálogos, focado nas canções, Chico gracejou com a possibilidade de esquecer um pedaço de letra, com o capricho que precisa de ter para tocar o seu violãozinho, para que nunca digam que ele não é o compositor e que compra as canções. Isso não.

E o concerto conteve tantas e boas composições tão suas. O novíssimo “Que Tal um Samba?” mesclado com o “Samba da Bênção” e o “Samba da Minha Terra” deram ritmo ao fecho do desfile de composições de Chico Buarque, antes de dois tão desejados encores.

“Um samba/ Que tal um samba?/Puxar um samba, que tal?/Para espantar o tempo feio/Para remediar o estrago (…)”

No primeiro encore, o “Tanto Mar” dedicado a Portugal depois de o “Maninha” que dedicou à irmã. No segundo encore, todo o Campo Pequeno de pé, a entoar o “João e Maria”, encerrou com ternura.

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