De 7 de setembro a 15 de novembro o Coliseu do Porto traz um cartaz especial que celebra a independência do Brasil. Uma exposição, teatro musical e cinema marcam as comemorações do bicentenário.
A 7 de setembro de 1822 o Brasil torna-se independente de Portugal. Para comemorar esta data o Coliseu do Porto anuncia um cartaz de homenagem à Cultura Brasileira. Intitulada de MPB – Movimento Porto Brasil, apresenta quatro atividades á esfera cultural portuense.
No arranque das comemorações, a 7 de setembro, estreia a exposição Contracapa.
São 20 ilustrações do angolano, Júlio Dolbeth, que evocam grandes lendas da música brasileira.
Caetano Veloso, Elis Regina, Elza Soares, João Gilberto, Maria Bethânia, Os Mutantes e Chico Buarque são alguns dos artistas que têm as capas marcantes dos seus discos reinterpretadas pelo artista.
As obras estão expostas até ao fim das comemorações a 15 de novembro.
A 20 de outubro, estreia a peça de teatro musical Gota d’Água {Preta}. Dirigida e protagonizada por Jé Oliveira, esta peça adapta a obra de Chico Buarque e Paulo Pontes escrita em 1975.
O musical original bebe da tragédia grega Medeia e adapta-a à realidade vivida nos morros do Rio de Janeiro durante a ditadura militar brasileira.
O diretor e protagonista, transpõe o texto para os dias de hoje numa peça com um elenco predominantemente negro que evidencia a realidade da mulher negra e a luta de classes. Para Jé Oliveira “é como se estivéssemos realizando a coerência que a peça sempre pediu e até hoje não foi realizada”, revela em comunicado
Deste musical fazem parte um coro negro, um DJ, instrumentos de percussão, guitarra, violão, cavaco e saxofone. Todos estes elementos são tocados ao vivo.
O programa Há Filmes Na Baixa! em parceria com o Coliseu, apresenta de 15 de setembro e 15 de novembro a Mostra de Cinema Documental Brasileiro.
Em exibição estão documentários relacionados com a cultura brasileira como o Tropicália. Filme realizado por Marcelo Machado,”mostra um olhar contemporâneo deste importante movimento cultural que explodiu no Brasil na década de 1960”.
Adicionalmente, serão exibidos filmes nunca antes apresentados ao público ou projeções de coleções cinematográficas que levam à tela “ momentos fundamentais da história da cultura brasileira, das favelas aos palcos onde a mesma se foi forjando, e os cruzamentos entre música, dança, artes plásticas, arquitetura ou teatro de intervenção”.
Paralelamente à mostra dos filmes estão agendadas mesas redondas, onde convidados de várias áreas artísticas e cívicas, debatem os temas de cada obra.
Durante o período de comemorações, na sala Lounge Ageas está pela primeira vez o vencedor da a primeira residência artística lançada pelo Coliseu. O vencedor Gustavo Silvamaral estará neste espaço a desenvolver uma nova criação durante dois meses .
