Depois do Fado, chega a vez da Dieta Mediterrânea inscrever mais uma vez o nome de Portugal na lista do Património Imaterial da Humanidade. A decisão foi anunciada durante a sessão do comité intergovernamental da UNESCO, que decorre em Baku, no Azerbeijão, até ao próximo sábado.
A proposta conjunta de Portugal – através da cidade de Tavira – Espanha, Marroscos, Itália, Grécia, Chipre e Croácia, convenceu o júri, tendo sido aprovada sem discussão.
Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve, mostrou-se “encantado” com esta vitória, que diz ser “o reconhecimento da cultura algarvia pela UNESCO, da sua gastronomia tipicamente mediterrânica e dos vinhos”, declarou em comunicado.
Já a AHETA, considera que tal “vem contribuir para a valorização do posicionamento competitivo do Algarve nos mercados turísticos internacionais”.
A UNESCO, essa salienta que a dieta mediterrânica é um conjunto de “competências, conhecimentos, rituais, símbolos e tradições”, envolvendo o cultivo/extração dos ingredientes, a sua confeção e, não menos importante, a forma de partilha e consumo dos alimentos.
“Comer em conjunto é a base da identidade cultural e da sobrevivência das comunidades por toda a bacia do Mediterrâneo. É um momento de convívio social e de comunicação, de afirmação e renovação da identidade de uma família, grupo ou comunidade”, conclui a organização das Nações Unidas.
Texto de Alexandra Gil Fotos de Tânia Fernandes e Francisco Padrão MotaA Dieta Mediterrânica, com origem no termo grego daiata, é um estilo de vida milenar, um modelo cultural resultante da sabedoria ancestral, transmitida de geração em geração, o qual abrange técnicas e práticas produtivas e extractivas, nomeadamente, de agricultura e pescas, formas de preparação, confecção e consumo dos alimentos, festividades e convivialidades, tradições orais e expressões artísticas.
As Culturas Mediterrânicas são culturas de partilha e entreajuda comunitária, onde as sociabilidades assumem um papel relevante.
















