Estoril Sol Entregou Prémios Referentes A 2022

Teresa Veiga, Marco Pacheco, Graça Morais e Lídia Jorge receberam esta semana os prémios atribuídos pela Estoril Sol, referentes a 2022. 

Nesta 8ª edição do Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural, o júri deliberou atribuir o galardão a Graça Morais. Lançado pela Estoril Sol, o prémio, com periodicidade anual e no valor de 20 mil euros, constitui uma homenagem à memória de Vasco Graça Moura.
Segundo o júri: “Com extraordinária coerência, Graça Morais traz-nos na sua obra uma permanente entrega aos outros, às tradições e à natureza. E é o reino maravilhoso de Torga a grande matéria-prima. E como afirmou José-Augusto França, perante os valores inéditos da religião e do mito, a pintura da artista é forte e seca. Há uma especial originalidade, que resulta do confronto com a aspereza do meio, ora dura ora serena, ora lírica, ora dramática, terra e luz. É a mulher que se exprime, solidária com as outras mulheres, corajosamente empenhada num apelo constante à dignidade”.

Graça Morais “Agradeço às pessoas e instituições do meu país que continuam a apoiar e premiar artistas e escritores que lutam com tantas dificuldades, num mundo que está cada dia mais contrário à criatividade e à cultura. A vida, o homem e a criatividade continuam a ser um mistério. Precisamos lutar contra a ignorância e a maldade”.

Já o Prémio Literário Fernando Namora, na sua 25ª edição, com o valor pecuniário de 15 mil euros, o júri distinguiu Teresa Veiga pelo romance O Senhor d`Além, realçando que “a sobriedade estilística da autora é exemplar enquanto modo de entender a escrita artística, estruturando um romance cuja legibilidade chama o leitor a participar na própria narrativa que está a ler. Quer pela notável capacidade de observar e descrever, quer pela tranquila inventividade, quer admirável economia da narrativa, é um romance que constitui um elogio à arte de bem escrever”.

O Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, na sua 15ª edição, com o valor de 10 mil euros, distinguiu Marco Pacheco com a obra original A Guerra Prometida, por ser considerado “um romance que, partindo da inovadora acção empresarial e social de Francisco Grandella, constrói uma história familiar e pessoal de grande alcance humano”, e que vai ser publicado pela Gradiva.

O júri, presidido por Guilherme d`Oliveira Martins, em representação do CNC – Centro Nacional de Cultura, integra, ainda, José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários, Maria Carlos Gil Loureiro, pela Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, Ana Paula Laborinho, Liberto Cruz e José Carlos de Vasconcelos, convidados a título individual e, ainda, Dinis de Abreu, em representação da Estoril Sol.

Foi também atribuído esta semana o Prémio Literário Fernando Namora, no valor de 15.000 euros, à escritora Lídia Jorge, pelo romance Misericórdia (2022).

A obra foi escolhida por unanimidade, tendo o júri, presidido por Guilherme D’Oliveira Martins, assinalado que se trata de “um romance, numa escrita marcada por singular criatividade, [que] transfigura ficcionalmente a matéria do real que o suscita e, na construção da personagem nuclear como de outras, nos múltiplos momentos da efabulação, nos planos em torno dos seus universos sociais, emocionais, afetivos, e nas notações de um processo de perda sem excessos descritivos, exprime uma voz com atributos incomuns de generosidade e humanismo”.
“Trata-se, com efeito, de uma obra maior na bibliografia da escritora”, enfatizam os jurados.

Presidido por Guilherme d`Oliveira Martins, o Júri desta 26ª edição do Prémio Literário Fernando Namora foi ainda integrado por José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários, Maria Carlos Gil Loureiro, pela Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, Ana Paula Laborinho, Liberto Cruz e José Carlos de Vasconcelos, convidados a título individual, e por Dinis de Abreu, pela Estoril Sol.

Autor:Texto de Ana Francisca Bragança
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