Reportagem de Tânia Fernandes
Daqui Parece uma Montanha é uma das quatro exposições que abriu, hoje ao público no CAM da Gulbenkian. Junta artistas portugueses, dinamarqueses e austríacos cujo trabalho reflete noções de «lugar», «espaço» e de site-specific em modos tão narrativos quanto críticos. Comissariada por Luísa Santos, esta exposição reúne a criatividade resultante de artistas contemporâneos que, em comum, têm a origem em países pequenos, a fazer fronteira com países maiores, com quem tiveram uma história difícil de luta pelo território. A exposição mostra perspetivas críticas quanto ao princípio do domínio da geografia sobre os comportamentos humanos e sociais. De que forma nos relacionamos com os vizinhos?
São exibidos trabalhos de AVPD, Ann Louise Overgaard Andersen, Claudia Larcher, Dalila Gonçalves, Gregor Graf, Jeppe Hein, Katharina Lackner, Miguel Palma, Nuno Cera, e Tove Storch, numa experiência sensorial que promove a descoberta. Podemos entrar na gaiola gigante de Jeppe Hein e confrontar-nos com o espelho em movimento contínuo circular, observar as fotografias de paisagens irreais de Gregor Graf, atravessar o espaço do átrio na sombrinha gigante de Katharina Lackner que desliza sobre cabos ou observar aquilo que se assemelha ao horizonte de uma paisagem, feito com canetas BIC alinhadas (Amontoar em Carga e Descarga por Dalila Gonçalves).
Daqui parece uma montanha inaugura hoje no CAM da Fundação Gulbenkian, e pode ser vista até dia 21 de setembro de 2014, de terça-feira a domingo, entre as 10h00 e as 18h00. A entrada custa 5 euros. É gratuita aos domingos.










