Frágua de Amor, a tragicomédia escrita por Gil Vicente em 1524 para celebrar a união entre D. Joa?o III e D. Catarina, sobe ao palco do Teatro Carlos Aberto, no Porto, numa encenação de António Augusto Barros que promovo o encontro entre A Escola da Noite e o ensemble de música antiga O Bando de Surunyo.
Um rei famoso, “tão facundo que conquista todo o mundo”, quer tomar um castelo “gracioso, forte, terrível, formoso quanto possível”. O rei é D. João III de Portugal e o “castelo” é D. Catarina, irmã do imperador Carlos V de Espanha. Entretanto, Cupido, o pequeno deus do amor, fugiu do Olimpo e de junto da sua mãe, Vénus, para ajudar o rei a conquistar Catarina. Para isso, cria uma frágua (forja) mágica, movida pela música dos planetas e pelos gozos de amor, e que prepara Portugal para um novo tempo. A máquina refunde a portuguesa gente, transformando quem nela entra em algo melhor: um velho em menino, um frade em guerreiro, a justiça, “corcovada, torta, muito mal feita”, numa justiça nova e endireitada.
A peça conta com interpretação de Ana Teresa Santos, Carlos Meireles, Igor Lebreaud, Maria Quintelas, Miguel Magalha?es, Mónica Camaño, Nuno Meireles, Ricardo Kalash e Se?rgio Ramos. A música está a cargo de Eunice Abranches d’Aguiar (soprano) Irene Brigitte (soprano), Patri?cia Silveira (alto), Carlos Meireles (tenor), Se?rgio Ramos (baixo), Hugo Sanches (alau?de, guitarra), Xurxo Varela (viola da gamba), Carlos Sánchez (corneta, flauta) e Rita Rógar (flauta).
Os bilhetes custam entre 6 e 12 euros, dependendo das sessões, e estão à venda online e no local.
