Gulbenkian apresenta Ocupações Temporárias

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É pela escultura de um homem robusto, revestida por moedas, na qual sobressaem contornos de roupas finas e acessórios elegantes, que somos recebidos na exposição Ocupações Temporárias – Documentos. “Mercado de Prioridades” de Gemuce é uma das muitas peças de artistas africanos que ocupam, com toda a legitimidade, a sala de Exposições Temporárias da Sede da Gulbenkian. Trata-se de uma seleção de obras originais, reproduções e documentos que mostram como a arte invadiu as ruas de Maputo desde 2010 assim como as do Mindelo, já este ano.

Pinturas e vídeos originais, escultura e um graffiti gigante, que atravessa toda a sala de exposição, dão-nos conta do projeto “Ocupações Temporárias”, iniciado em abril de 2010 pela ativista cultural Elisa Santos. O plano era o de levar a cultura artística contemporânea a ocupar o espaço público da cidade de Maputo. Seis artistas Moçambicanos foram convidados a refletir sobre o património arquitetónico ou sobre a liberdade e segurança e o resultado esteve à vista de todos, em locais públicos como o Mercado Central, o Hotel Escola Andaluzia ou a loja “Casa de Coimbra”. O conceito foi evoluindo, e as “Ocupações” que se seguiram reuniram outros nomes da cultura africana, assim, como foram considerados outros temas.

Este projeto chega agora a Lisboa integrado na programação do Próximo Futuro, o Programa Gulbenkian de cultura contemporânea dedicado à investigação e criação artística na Europa, na América Latina e em África. Esta iniciativa, que se caracteriza por uma marcada intervenção no espaço público, conta também com o apoio do Programa Gulbenkian de Ajuda ao Desenvolvimento.

A exposição Ocupações Temporárias – Documentos pode ser visitada até ao dia 26 de maio, na sala de Exposições Temporárias do Edifício Sede  da Fundação Gulbenkian, de terça-feira a domingo, com entrada livre.

Reportagem de Tânia Fernandes
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