Um alinhamento mais jovem, com artistas irreverentes voltou a encher o recinto do Parque Tejo. Doja Cat, Camila Cabello, Ne-Yo, Pedro Sampaio e Luisa Sonza foram alguns dos nomes fortes do último dia de Rock In Rio 2024.
A organização já confirmou que a edição de 2026 voltará a realizar-se no Parque Tejo, em Lisboa.
Doja Cat em Chamas
A rapper e cantora norte-americana Doja Cat subiu ao palco principal do Parque Tejo como a derradeira cabeça-de-cartaz. Deu um espetáculo bem quente, com ênfase nas canções do álbum Scarlet, lançado o ano passado, e do “acrescento” Scarlet 2 Claude, lançado em abril passado. Não ficaram esquecidos sucessos marcantes como “Need to Know” e “Say So”.
“Paint the Town Red” foi arrebatador. Doja Cat fechou o concerto com “Wet Vagina”.
A atitude provocadora e irreverente da artista esteve presente durante todo o concerto. A relação de amor-ódio dos fãs com Doja Cat ficou à porta do recinto. A cantora surpreendeu com o seu talento e presença de palco.
Camila Cabello, a Señorita Que Não Encantou
Antes, atuou no palco principal outra estrela mundial: Camila Cabello. A cantora e compositora cubano-americana é conhecida por um estilo musical que mistura pop com elementos de música latina, refletindo as suas raízes cubanas.
O quarto disco da cantora, intitulado C, XOXO, é lançado a 28 de junho e o Rock in Rio Lisboa, teve por isso direito à apresentação dos temas em primeira mão.
O concerto acabou por ser muito criticado pelo facto de Camila Cabello estar mais interessada em interagir com as câmeras de televisão, do que propriamente com o público que cobria o recinto.
Um cenário onde não faltaram motivos de distração, com um half pipe e acrobacias com bicicletas, um carrocel e baloiços não chegaram para convencer os fãs, com quem a artista não mostrou grande empatia.
O público revelou maior entusiasmo nas mais antigas “Havana” e “Señorita”. O concerto terminou com a artista – e os seus bailarinos – a comer Pastéis de Belém e a beber Sumol.
Profjam – Rap e Dança Contemporânea
Mário Cotrim, o artista que assina com o nome de Profjam não conseguiu concorrer com a artista brasileira Luisa Sonza , que levou o público à loucura. Mas os seus verdadeiros fãs ficaram para assistir a um espetáculo que aborda o mais recente trabalho, Música de Intervenção Divina.
O cantor combinou, nesta apresentação, a música com a dança. Uma junção pouco habitual num concerto de rap, mas que o artista tem vindo a apresentar pelo país com boa aceitação.
Com uma forte componente teatral e cénica, Profjam abriu com “Saca Lá” ao qual se seguiram um conjunto de novos temas. Para o final ficaram as mais conhecidas: “Tou Bem”, “À Vontade”, “Jamantah” e “Água de Coco”.
Ne-Yo – O Rei dos Clássicos – Clássicos
O cantor, compositor, produtor musical e ator norte-americano Ne-Yo, entrou em palco às 18h00. De fato brilhante e chapéu preto, que é a sua imagem de marca, transformou o recinto numa pista de dança. Das boas!
Trouxe alguns dos seus maiores sucessos, dançou, juntou-se ao corpo de bailarinas nas suas coreografias e espalhou boa disposição durante cerca de uma hora. E não parecia ter vontade de abandonar o palco mundo!
Ele escreveu e co-escreveu canções para uma série de artistas de topo, incluindo Beyoncé, Rihanna, Jennifer Hudson, Usher, e muitos outros. A sua capacidade de criar boas melodias e letras emotivas fez dele uma figura influente na música pop e R&B.
Arrasou, logo na abertura, com “Closer”. Explicou depois que os seus concertos dividem-se em “clássicos clássicos” e “futuros clássicos”, ou seja, as musicas que já todos conhecem a aquelas que ele considera que irão ter o seu valor reconhecido daqui a uns tempos, “por isso dêem-lhes uma hipótese!”.
E foi com esta explicação que avançou para um “clássico, clássico”: “So Sick” que pôs toda a gente a cantar e a dançar com ele.
Sem abrandar o ritmo durante todo o concerto, terminou com “Play Hard” (cover de David Guetta), “Time of Our Lives” e “Give Me Everything” de Pitbull.
Veigh e MC Cabelinho – Na Playlist dos Adolescentes
Veigh é o rapper que combina elementos do trap com influências da música brasileira. Rimas afiadas, flow melódico e batidas envolventes, mantiveram o público animado.
Surpreendido pela grande multidão que encontrou frente ao seu palco, confirmou que a sua música é conhecida e do agrado dos jovens em Portugal.
“Fumaça” contou com a participação especial de Barbara Bandeira. A celebrar o seu aniversário neste dia, a cantora teve direito a um coro gigante, que lhe cantou os parabéns.
Mais tarde, no mesmo espaço – o palco Tejo – foi MC Cabelinho quem voltou a juntar uma grande multidão.
MC Cabelinho tem uma forte ligação com o projeto Poesia Acústica, um movimento musical que ganhou destaque no Brasil nos últimos anos, especialmente entre os jovens. A Poesia Acústica caracteriza-se pela fusão de poesia falada, rap e elementos de música acústica, criando uma atmosfera mais intimista e reflexiva. Trouxe a Lisboa “Poesia Acústica #13” e “Poesia #6: Era uma Vez” desse projeto.
Um dos destaques do alinhamento foi “Minha Cura”, um tema que os fãs pediram de forma exaustiva, por mensagem privada nas redes sociais. MC Cabelinho abriu uma exceção e trouxe esta música ao público português.
Levou dois fãs ao palco, com quem interpretou “Meu Marrento”. Depois, com a promessa de trazer o funk para Portugal fez rolar um medley. Terminou, em grande animação com “X1”.
Aitana – A Pop Espanhola
Aitana é uma das artistas mais populares da música pop espanhola contemporânea. Abriu o Palco Mundo do Rock in Rio Lisboa, este domingo e fez o público saltar e dançar.
Aitana é um sucesso em Espanha. Surgiu no talent show Operação Triunfo e hoje é considerada uma it girl, a destacar-se também na moda e publicidade.
O Rock in Rio Lisboa volta em 2026. A mudança para o Parque Tejo é a primeira confirmação.
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