O MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia celebra o seu 9º aniversário com a inauguração de um conjunto de exposições que marcam o início da segunda temporada da programação de 2025. A partir de 5 de outubro, o museu acolhe esculturas de luz imersivas, reflexões visuais sobre resíduos globais, migrações e uma retrospetiva de Pedro Casqueiro, num cruzamento entre arte contemporânea, política e percepção sensorial.
O artista britânico Cerith Wyn Evans apresenta, no espaço da Central Tejo, a mostra Formas no Espaço… através da Luz (no Tempo), uma instalação de grandes esculturas de luz que exploram a perceção, o som e a linguagem, desafiando o visitante a interagir com o espaço de forma física e sensorial. Conhecido pela sua obra conceptual e poética, Cerith Wyn Evans propõe aqui um percurso que interroga os limites da experiência estética.
Em simultâneo, o MAAT recebe a exposição Fluxes, integrada na 7ª Trienal de Arquitectura de Lisboa, um atlas multimédia que dá corpo aos milhões de toneladas de resíduos gerados pela atividade humana. Este levantamento visual e científico visa consciencializar para o impacto da presença humana no planeta, cruzando arte, arquitetura e dados ambientais.
No exterior, a Praça do Carvão transforma-se a partir de 4 de outubro com a instalação Labirinto, do artista angolano Kiluanji Kia Henda, apresentada no âmbito da BoCA – Bienal de Artes Contemporâneas 2025. A obra convida o público a atravessar um território simbólico marcado por fronteiras hostis e vigilância, num claro paralelismo com os dramas atuais da crise migratória no Mediterrâneo.
Este mesmo tema ganha destaque na exposição Notre Feu, de Isabelle Ferreira, que mergulha na memória coletiva das migrações clandestinas dos anos 60. A artista revisita o chamado “Salto”, a travessia perigosa e ilegal de muitos portugueses rumo a França durante a ditadura, através de obras que evocam o risco, a esperança e a resistência.
Outro ponto alto da nova temporada é a retrospetiva Detour, dedicada ao pintor Pedro Casqueiro, considerado uma das figuras centrais da arte contemporânea portuguesa. A exposição percorre várias fases do seu percurso artístico, revelando a complexidade da sua linguagem visual e a constante reinvenção da pintura como meio expressivo.
O MAAT pode ser visitado de quarta a segunda-feira, das 10h00 às 19h00. Os bilhetes custam 11 euros, e podem ser adquiridos no local. A entrada para as exposições será gratuita no dia 5 de outubro.













