Mão Morta Apresentaram Viva La Muerte! Na Casa Da Música

Fotoreportagem de António Parra

Inspirados pelos 50 anos do 25 de Abril, os Mão Morta levaram ao palco da Casa da Música, no Porto, o espetáculo Viva la Muerte!, um contributo artístico para a defesa da democracia. A banda bracarense, que celebrou quatro décadas de carreira, revisitou o espírito da resistência através de um repertório criado de raiz, onde se encontram ecos das vozes que marcaram a música de intervenção em Portugal.

José Mário Branco, Adriano Correia de Oliveira, Zeca Afonso e Ary dos Santos são algumas das referências incontornáveis que os Mão Morta assimilam neste projeto. O seu rock cru e experimentalista serve de veículo para a reinterpretação da força e da urgência desses autores revolucionários, que viveram sob o regime fascista e fizeram da música uma arma contra a repressão.

Num tempo em que os conceitos são frequentemente distorcidos e manipulados, confundindo-se com os seus opostos, a banda sente como um dever criativo denunciar esta realidade. Viva la Muerte! é, assim, uma afirmação política e artística que convida à reflexão sobre a liberdade e os desafios que a democracia continua a enfrentar.

Num concerto com casa cheia ouviram-se temas como: “Deus Pátria Autoridade”, “Corre Corre Corre”, “É Proibido”, “Ressentidos e Ressabiados”, “A Liberdade”, “Pensamento Único”, “Líder Povo Nação”, “Ratoeira Bélica”, e “Viva La Muerte”.

O concerto na Casa da Música foi experiência intensa e provocadora, fiel à identidade dos Mão Morta. Uma oportunidade para revisitar a memória da luta pela liberdade através da energia singular do grupo liderado por Adolfo Luxúria Canibal.

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