Maria Gadú e Marco Rodrigues encantaram no Coliseu de Lisboa

1406_mariagadu.coliseu_048_siteReportagem de Madalena Travisco (texto) e Tiago Espinhaço Gomes (fotos)
 

Maria Gadú regressou a Portugal em dose dupla. Depois do concerto no Coliseu do Porto na noite anterior, foi a vez de atuar no dia 20 no Coliseu dos Recreios em Lisboa. A primeira parte destes concertos, conforme anunciado, foi preenchida com a voz e com o talento de Marco Rodrigues.

A parte do concerto de Maria Gadú foi iniciado no meio da plateia com o poema de Cazuza “O tempo não pára” recitado com eloquência. Mais tarde, Maria Gadú explicou que, apesar de não pertencerem à mesma geração, tão pouco ter conhecido Cazuza pessoalmente [ela teria 4 anos quando Cazuza morreu aos 32], o repertório deste não envelhece…” e ele faz parte disso tudo!”. A tocar e cantar o primeiro tema foi seu: “Encontro” marcou a primeira de muitas e boas canções da sua autoria, interpoladas por temas da autoria de Cazuza como “O nosso amor a gente inventa”e “Ideologia”, passando também pela “Malandragem” de Cassia Eller  ou pelos “Índios” dos Legião Urbana: “Quem me dera ao menos uma vez(…)”  

Entre os dois convidados, passou a mensagem de falar, repetir, reiterar e revisitar – infelizmente – o mesmo discurso. Como brasileira e como cidadã, a situação do país entristece-a muito… “Se alguém passar mal no meio da copa, não tem onde cair!” Não tem dúvidas de que a escola (educação) e a saúde são os pilares da sociedade. “Tudo o resto é dor de cabeça!”. Brincou com uma expressão grosseira dirigida à presidente, explicando que, se o povo não tem escola, tem que ser mal educado…. Não tem como…

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Mayra Andrade foi convidada surpresa, a primeira – “Um presente para nós todos” – com quem partilhou o seu “Dona Cila” e um tema da cantora cabo-verdiana “Les mots d’amour”. Depois de ter feito a primeira parte deste concerto, Marco Rodrigues voltou a pisar o palco para a “A Valsa” a dois – um tema do segundo álbum de Gadu “Mais uma página” que conta com a participação de Marco, e que os une desde então.

Sobre o Marco Rodrigues que abriu a primeira parte à capela com Tantas Lisboas: “Às vezes, olho as luzes da cidade/ Mas não consigo dar um passo em frente (…)”, deu passos sim senhor, e deixou o público do Coliseu a aplaudir de pé. Idem idem para Maria Gadú que rematou com um encore potentíssimo.

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