O North Music Festival arrancou ontem, dia 26 de maio, na Alfândega da Porto, com a promessa de proporcionar grandes momentos, ao som da melhor música, de um cartaz eclético, para todos os gostos e idades.
Vale a pena reforçar que a paisagem privilegiada sobre o Rio Douro é uma das particularidades deste festival, bem como os seus passeios de barco, que marcam cada uma das edições.
O espaço interior da Alfândega conta com algumas áreas de alimentação, com food truck também espalhados no exterior, mais próximos do palco principal. Ainda no interior do edifício, o espaço lounge, com barbeiros, maquiadores e tatuadores, convidam o visitante a uma experiência diferente dentro do festival, e o espaço clubbing, que fecha as noites/madrugadas do festival, com DJ sets, para os festivaleiros mais resistentes e energéticos.
Um pequeno apontamento sobre a área VIP, que oferece uma experiência premium, uma paisagem singular sobre o Douro e vista única para o palco principal.
O primeiro dia do North Music Festival foi poderoso, vigoroso, rockeiro, elétrico, tropical e ensurdecedor.
Os Jafumega tiveram a “ingrata” missão de inaugurar o festival, perto das 18h00, com um recinto ainda muito vazio. Uma hora depois, os Trabalhadores do Comércio, a celebrar este ano, 43 anos de carreira, apresentaram em palco o mais recente trabalho “Objecto” e recuperaram alguns dos seus sucessos, que marcam um longo e profícuo caminho na história pop-rock portuguesa.
The Legendary Tigerman sabe ao que vem e nunca desilude. Pelo contrário. Paulo Furtado avisa, desde o início, «espero que gostem de rock, senão os próximos minutos vão ser bastante penosos”. Não foram! Com um recinto já mais composto, e os extraordinários solos de saxofone e guitarra, foram mote para a apresentação de alguns temas, do álbum a ser lançado este ano, como a ‘Good Girl’ e ‘Bright Lights, Big City’.
Os Bomba Estéreo, a banda colombiana, que mescla eletro tropical, cumbia psicodélica e champeta foi uma verdadeira surpresa. Os ritmos, a energia e a boa onda da vocalista Li Saumet foram um bálsamo para o que estava porvir. O grupo conseguiu prender o público até à impaciente chegada dos The Chemicals Brothers.
O duo inglês conseguiu prender os festivaleiros até ao último minuto, ao som de êxitos como “No reason”, “Got”, “Got to Keep” ou “Mah”, com a música eletrónica sustentada em poderosas mensagens visuais e num cenário explosivo, que espalhou milhões de confetis sobre o público ou enormes balões, numa interação contagiante. Pese embora, o som do último concerto, em algumas notas mais agudas, parecer ensurdecedor.
A chuva, que ameaçou os três dias de festival, deu duas gotas da sua graça ontem, um pouco antes do espetáculo dos Trabalhadores do Comércio, mas a noite aguentou firme e agradável. Esperemos que os dois próximos dias sejam assim.
O North Music Festival recebe hoje Ivete Sangalo, que festeja em palco, o seu 51º aniversário, com Nininho Vaz Maia a inaugurar o palco, por volta de 19h, seguido de Gustavo Mioto e Ana Castela.
Para domingo, Robbie Williams, Pedro Abrunhosa, The Black Mamba e Tiago Nacarato são os convidados desta 5ª edição, de um festival que tem já, uma identidade muito própria e única.
