NOS Alive – O regresso em grande de Sam Smith, Chet Faker e Disclosure

Sam Smith
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52 mil pessoas entraram no recinto, no último dia, de acordo com a organização, com Disclosure, Chet Faker e Sam Smith a provocar as maiores enchentes. No total dos 3 dias estiveram 155 mil pessoas no NOS Alive anunciou ontem o promotor Álvaro Covões. Muitos artistas que já estiveram em edições anteriores, regressaram este ano, com maior destaque e reconhecimento, com lugar no palco NOS.

Falam-se muitas línguas, naquele que será possivelmente o festival mais internacional do mundo. Para além da música, este ano o NOS Alive trouxe para a família sete artistas de arte urbana que reinterpretaram o logótipo deste festival e, durante os três dias estiveram presentes a trabalhar num mural: Add Fuel, Ana Aragão, Arraiano, Burry Buermans, Godmess, Mário Belém e Tamara Alves.

HMB abriram com muito hip-hip e soul o palco NOS. “Dia D”, “Sei onde vou”, “Dia D”, “Feeling” e “Talvez” são temas que todos conhecem e acompanham. No mesmo espaço, seguiu-se uma das bandas de tempos idos, os Counting Crows que fizeram sucesso nos anos 90 com o tema “Mr.Jones” a entrar logo no início do alinhamento.

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No palco Heineken, a primeira banda “o que é isto???” da noite: os britânicos Sleaford Mods. Entram em palco apenas com um computador portátil. Jason Williamson é o vocalista que grita ao mundo as suas canções sem qualquer tipo de preocupação melódica, enquanto que Andrew Frean permanece imóvel, cerveja numa mão, a outra no bolso que só sai para premir o botão do pc e fazer avançar nova faixa.

O cenário mudou radicalmente com a entrada dos Dead Combo em palco. Um cenário perfeito para o registo de banda sonora que Pedro Gonçalves e Tó Trips trouxeram para um espaço que lotou com a sua presença. “A menina dança”, “Povo que cais descalço”, “A bunch of meninos” e “Lisboa mulata” foram bem recebidas, num alinhamento que deixou uma referência específica à Grécia com “Zorba the greek” a fechar a atuação.

Sam Smith foi o regresso emotivo da noite, com o próprio a recordar a passagem pelo festival, na edição anterior, e o sonho de um dia chegar ao palco principal. “Foi um dos melhores festivais onde estive!” disse. O diálogo com o público foi uma constante, assim como a partilha das situações que deram origem a muitos dos temas. Foi uma grande crise amorosa que o inspirou a fazer In the Lonely Hour, o único álbum do cantor que reúne um bom lote de temas. Sam Smith interpretou de forma comovente uma boa parte delas. “I’m not the only one”, “Leave your lover”, “Like I Can”, “Lay me down”. Surpreendente, numa travessia a temas de outros como “Tears Dry On Their Own” de Amy Winehouse, a passar por “Ain’t No Mountain High Enough” Marvin Gaye com o mega sucesso disco “Le Freak” dos Chic pelo meio. Também se ouviu “Can’t Help Falling in Love” de Elvis Presley. Dos mais agitados “La La La” que o cantor partilha com os Naughty Boy a “Money on My Mind”, Sam Smith fechou com o coro gigante de “Stay With Me”.

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A faixa etária dos quarenta anos deslocou-se, de seguida, em massa para o palco Heineken, para a muito esperada atuação dos The Jesus & The Mary Chain. Promessa cumprida de ouvir ao vivo o álbum “Psychocandy” lançado em 1985. E quem assistiu de fio a pavio, perdeu, no mínimo 50% da capacidade auditiva com que entrou, tamanha era a distorção do som. Fiel ao original dos 80, sem qualquer melhoramento em termos de definição, valeu pela experiencia de assistir, finalmente, ao vivo, a um dos clássicos da adolescência, que ainda é hoje uma referência musical de muitas bandas. Abriram com “Just like honey” e desfilaram os restantes temas sem grande interação com o público. A mesma pose cambaleante e o fumo a vincar as silhouetas dos irmãos Reid.

Enquanto isso, os mais jovens asseguraram presença no palco NOS para assistir a uma das ascenções musicais recentes: Chet Faker. Com um alinhamento adaptado a festival, o músico tocou uma dezena de temas, reinterpretando também “No Diggity” dos Blackstreet.  “Gold” e “Talk is cheap” encerraram a atuação.

A encerrar o palco maior esteve a dupla Disclosure, que em 2013 tinha atuado na tenda Clubbing. Os irmãos Guy e Howard Lawrence anteciparam o álbum “Caracal” que editarão depois do verão.

Os bilhetes para a 10ª edição do NOS Alive já se encontram à venda. O Festival regressa ao passeio marítimo de Algés de 7 a 9 de Julho de 2016.

Reportagem de Tânia Fernandes e António Silva

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