Novas Exposições Para Ver No MAAT

O Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa, abriu ao público novas exposições, para assinalar o sétimo aniversário do museu, com destaque para O Castelo Surrealista de Mário Cesariny e Álbum de Família – Obras da Coleção Fundação Carmona e Costa.

A mostra O Castelo Surrealista de Mário Cesariny, patente até ao dia 25 de março de 2024, tem curadoria de João Pinharanda, Afonso Dias Ramos e Marlene Oliveira e “celebra o centenário de nascimento da figura mais importante do surrealismo em Portugal”, cujas comemorações arrancaram na Fundação Cupertino de Miranda, em Vila Nova de Famalicão, com a exposição Em Todas As Ruas Te Encontro, que abriu em agosto.

A mostra “conta com mais de 340 obras de nomes como o próprio Mário Cesariny, André Breton, Maria Helena Vieira da Silva, Cruzeiro Seixas, José Escada, Fernando Lemos, Paula Rego, Teixeira de Pascoes, João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, Malangatana, Susana Wald, Nadir Afonso, entre muitos outros”.

Patente também até ao dia 25 de março de 2024, a mostra Álbum de Família — Obras da Coleção Carmona e Costa, conta com a curadoria do diretor artístico do MAAT, João Pinharanda, e Manuel Costa Cabral, apresentando a “mais extensa coleção privada portuguesa […], pela primeira vez, ao público e à crítica”.

A mostra inclui obras de Fernanda Fragateiro, Julião Sarmento, Gaetan, Diogo Pimentão, Pedro Cabrita Reis, Ilda David, Jorge Queiroz, Rui Chafes, Inez Teixeira, Jorge Molder, Cecília Costa e Helena Almeida, entre outros.

Patente até ao dia 4 de dezembro deste ano, Maria Loura Estevão apresenta a instalação SOS (Sereias O Sirenes), com curadoria de João Pinharanda, “que toma como ponto de partida o poema homérico Ulisses na Odisseia – e em particular a passagem de Ulisses e seus companheiros pelo território das sereias – para tematizar a poluição sonora do ambiente subaquático e a passagem marítima de migrantes e refugiados pelo Mediterrâneo”.

“O som é o elemento central da instalação e este estende-se nas dimensões do duplo significado da palavra francesa “sirènes”, que significa sereias e também sirenes – unido no papel que a artista atribui às sereias de Ulisses como sendo as primeiras ecos feministas que soam alertas. O som, aqui, tem o significado de um alarme”.

Até ao dia 12 de fevereiro de 2024, estará patente a mostra Ciclóptico, de Paulo Lisboa, com curadoria de Sérgio Mah.

Na prática artística de Paulo Lisboa, é notória a estreita cumplicidade entre o desenho, os materiais e os dispositivos óticos a partir da qual o artista desenvolve uma persistente experimentação sobre as suas potencialidades estéticas e percetivas. É um imaginário que convoca uma longa genealogia de modos de representação visual, desde os mitos sobre a origem da imagem (e da arte), passando pelo uso da câmara obscura e, mais recentemente, pelos aparatos do tempo da técnica e da eletricidade que vieram exponenciar o horizonte de possibilidades na captação e projeção da imagem – como aconteceu com a fotografia, o filme e o vídeo. Por outro lado, podemos também enfatizar que é um trabalho que se centra nas qualidades físicas e estéticas da luz, como meio e como matéria.

O MAAT tem ainda patente a exposição PLUG-IN, da artista Joana Vasconcelos, que reúne um conjunto de obras produzidas pela artista plástica desde 2000, algumas das quais apresentadas agora pela primeira em Portugal.

O MAAT pode ser visitado de quarta a segunda-feira, das 10h00 às 19h00. Os bilhetes podem ser adquiridos no local e online e custam 11 euros o bilhete normal, 8 euros para menores de 18 anos e maiores de 65 anos, e o bilhete família (1 adulto e 2 ou mais jovens com -18 anos) – 23 euros.

Autor:Texto de Ana Francisca Bragança
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