O Coala Festival 2025 Despediu-se Com Ney Matogrosso – A Lenda Da Música Brasileira

Por Madalena Travisco (Texto) e Joice Fernandes (Fotografia)

Ney Matogrosso no Coala Festival
Ney Matogrosso

A edição de 2025 do Coala Festival em Portugal encerrou com o consagradíssimo Ney Matogrosso na noite de 1 de junho no Hipódromo Manuel Possolo.

Como sempre e como dantes, Ney Matogrosso “ginga, pra dar e vender”, refrão do “Bloco na Rua” que dá nome ao show. É definitivamente o artista mais icónico, com presença marcante em palco. Entre piropos e gritos, Ney canta, Ney dança, Ney pousa, Ney provoca e deixa arregalados os olhos que o seguem.

Ney provoca, merece e agradece os aplausos – muitos – distribuídos durante e entre os temas do alinhamento que inclui o “Bloco na Rua”, “Jardins da Babilónia”, “O Beco”, “Já Sei”, “Pavão Misterioso”, “Tua Cantiga” (sentado na cadeira), “A Maçã”, “Yolanda”, “Postal do Amor”, “Mesmo que Seja Eu”, “Já que tem Que”, “Último Dia”, “Sangue Latino”, “Dois e Dois” e “Poema”.

Tudo seguidinho, apenas interrompido por uma fumaça no palco que o incomodou, e que, com ganas, mandou parar. A anunciar o quase final, a prosa do costume:

«Esse show, em tese, acaba aqui [gritos de não]. Eu ia sair e ia fingir que tinha acabado e vocês iam ficar aí gritando e eu ia voltar! [palmas, gritos]. Então proponho outra história: [gritos, palmas, gritos] eu não saio daqui e canto tudo o que eu ia cantar [gritos de siiiiiiim]».

Nas duas últimas, deu de presente o seu bis com o tema “Pró Dia Nascer Feliz” depois do ovacionado “Mas Louco é Quem Me diz/e não é feliz/eu sou feliz” da “Balada do Louco”.

No segundo dia do Coala Festival passaram pelo palco, além dos Djs, o brasileiro Bruno Berle (multi-instrumentista), a portuguesa Lena d’Água, que dispensa apresentações, o Xande de Pilares, num tributo ao Caetano Veloso (Xande canta Caetano), o paulista Criolo (rapper com voz ativa contra as desigualdades, que teve Dino de Santiago também). Antes do Ney Matogrosso, os Timbalada e Afrocidade, representaram muito bem a energia da música afro-baiana, cheia de ritmos ancestrais e a misturar pagodão, samba-reggae, axé, rap e afrobeat.

Retomando a atuação do Ney Matogrosso, vale a pena sinalizar os restantes elementos em palco: Dunga, no contrabaixo e vocal, Maurício Almeida, na guitarra e vocal, Filipe Roseno, na percussão, Everson Moraes, no trombone e Aquiles Moraes, no trompete. Com eles e com o público, o festival fechou feliz:

Nadando contra corrente
Só pra exercitar
Todo o músculo que sente
Me dê de presente o teu bis
Pro dia nascer feliz
Essa é a vida que eu quis…

Artigo anteriorJafumega Assinalam 45 Anos De Carreira Com Novo Single E Concertos Em Lisboa E No Porto
Próximo artigoFestival Cerveira Ao Piano Regressa Em Julho Com Lena D’Água, Benjamim E Miguel Araújo

Deixe uma Resposta

Por favor digite seu comentário!
Insira o seu nome