Assinala-se este ano o Centenário do Nascimento de Natália Correia, nesse âmbito, e para celebrar a grande poetisa nascida em São Miguel (Açores), foram preparadas algumas iniciativas, como a peça O Dever de Deslumbrar, com texto de Filipa Martins e Natália Correia, e marca a estreia de Ana Rocha de Sousa na encenação.
Depois da estreia no LEFFEST – Lisboa Film Festival, a peça vai subir à cena no espaço Escola de Mulheres, de 30 de novembro a 3 de dezembro.
O Dever de Deslumbrar coloca Natália (Teresa Tavares) em diálogo com Natália (Paula Mora). O pensamento e a fala soam na primeira pessoa, num lugar de passado, presente e futuro. Um diálogo que surge após seis anos de estudo do arquivo pessoal de Natália Correia, numa pesquisa profunda desenvolvida por Filipa Martins, autora da biografia da escritora (O Dever de Deslumbrar, Contraponto Editores), editada este ano.
A investigação à volta da vida e obra de Natália Correia resulta numa conversa de contradições e múltiplas expressões, que Ana Rocha de Sousa coloca em palco, numa encenação multidisciplinar, que cruza diversas linguagens artísticas e incide sobre temas como o papel da mulher, a representatividade, a cultura, o país, a vida e a morte.
Natália Correia, símbolo irrepetível de inquietação, intimida pela verve e pela beleza. Em O Dever de Deslumbrar, Natália surge em diálogo com Natália.
Assinala-se o centenário do seu nascimento e ecoa a sua voz em palco, num cruzamento de múltiplas expressões artísticas, num jogo de espaço e de tempo.
Mulheres de hoje unem-se e identificam-se num trabalho que não se limita a uma exposição do que já foi, mas que sublinha o que ainda é, e o impacto do que está para ser. “Viver poeticamente é viver as coisas em potência”.
Em palco estão as atrizes Paula Mora e Teresa Tavares e a bailarina Ana Jezabel. A música e ambiente sonoro foram criados por Surma (Débora Umbelino), que fará ainda o acompanhamento musical do espetáculo, ao vivo, em algumas das apresentações.
O Dever de Deslumbrar é uma produção do Teatro do Vão, em coprodução com o LEFFEST, que conta com o apoio do Fundo Cultural da Sociedade Portuguesa de Autores, da Fundação GDA e da República Portuguesa – Cultura | DGARTES – Direção-Geral das Artes.
A peça tem a duração de 65 minutos e é para maiores de 12 anos. Os bilhetes podem ser adquiridos no local e custam 12,50 euros.
