Com a Arena esgotada desde maio, eis que chega o momento mais aguardado pelas cerca de 17 mil pessoas que este sábado rumaram até Lisboa para o concerto de Os Quatro e Meia.
As luzes da sala apagam-se e os olhos estão fixos no palco, mas este permanece às escuras, enquanto isso nas laterais dois painéis gigantes iluminam-se para dar início ao primeiro capítulo da verdadeira história alternativa dos seis amigos: uma aposta que corre mal é o mote para esta noite memorável.
Os acordes de “Se Eu Pudesse Voltar” dão início ao desfile de canções já bem conhecidas do público que canta afinado do princípio ao fim. Mas para o alinhamento, a banda de Coimbra composta por João Cristóvão (violino e bandolim), Mário Ferreira (acordeão e voz), Pedro Figueiredo (percussão), Ricardo Almeida (voz e guitarra), Rui Marques (contrabaixo) e Tiago Nogueira, trouxe, para além dos temas que estão no ouvido de todos, três musicas novas: “Eu Juro”, “Segue o Coração” e “Terraplanismo”.
“A Minha Mãe Está Sempre Certa” e “Canção do Metro” marcaram pequenas pausas para agradecer a todos os que os acompanham ao longo de uma década de existência enquanto banda, primeiro à família e amigos e depois toda a equipa técnica.
O humor esteve sempre presente ao longo da noite, quer no desenrolar de peripécias que eram relevadas a cada novo capítulo e que arrancavam sempre muitas gargalhadas do público, quer nas dedicatórias das músicas como “Na Escola” dedicada a todos os homens que sofrem em compreender como pensa uma mulher.
“Pontos nos Is” que deu nome ao primeiro álbum é, segundo a banda, a canção mais cantada em Lisboa. Não sabemos se essa afirmação está correta, mas certamente para um casal no público essa será a canção que para sempre ficará nas suas memórias pois foi a banda sonora do seu pedido de casamento.
Acompanhados por uma orquestra de 19 músicos, apresentados um a um cuidadosamente por ordem alfabética (com excepção dos Luíses que, por lapso, ficaram para o fim), a banda de Coimbra fez questão de realçar que não tinha convidado outros cantores para partilharem com eles o palco, pois “Hoje os convidados especiais para cantar connosco são mesmo vocês”.
Quase a chegar ao fim o “Baile de São Simão” veio retirar o público das cadeiras, se é para a despedida que seja em grande e a dança invadiu os corredores da plateia culminando em “Sentir o Sol” que marcou a primeira saída de palco. O público sabia que ainda não era hora de ir embora e para o encore estavam ainda reservada mais uma ronda de sucessos que fecharam ao som de “Pra Frente é Que é Lisboa”.
A música tinha terminado, mas ainda estava reservada mais uma surpresa: O anúncio de um concerto com o “grão-mestre” Miguel Araújo, no dia 22 Junho 2024, no Hipódromo de Cascais. Agora sim, a noite estava completa, e depois de conquistarem o Estádio Cidade de Coimbra e a Altice Arena, os seis amigos ainda vão ter de continuar juntos em 2024 até conseguirem “saldar” a dívida ao Barbosa.
Alinhamento:
. Se eu pudesse voltar
. Guarda a tua alma
. Bom rapaz
. Eu juro
. A minha mãe está sempre certa
. Canção do metro
. Segue o coração
. Não respondo por mim
. Na escola
. Pontos nos is
. Amanhã
. O tempo vai esperar
. Terraplanismo
. A terra gira
. Olá solidão
. Baile de São Simão
. Sentir o sol
Encore
. Manta do coração
. Coisas tão bonitas
. Sabes bem
. Pra Frente é que é Lisboa



















