Porta Dos Fundos: Devaneios Filosóficos E Improvisação Hilariante No Palco Da Aula Magna

Reportagem de Tânia Fernandes e Inês Lopes

Portátil - Porta dos Fundos com Inês Aires Pereira

Devaneios filosóficos, opiniões muito diversificadas sobre borrachinhas de cheiros e interpretações selvagens sobre conhecidas obras de arte chegaram ao palco da Aula Magna, esta segunda-feira, pela mão do coletivo Porta dos Fundos. Inês Aires Pereira é o elemento feminino que integra a digressão nacional de Portátil.

Depois do Porto, Braga e Coimbra, a peça chegou a Lisboa. Assistimos à primeira de quatro datas (18, 19, 20 e 21) e mesmo que contássemos ao pormenor tudo que que se tinha passado nesta sessão, não iriamos revelar nenhum segredo em especial. Porque cada sessão é única e baseada em histórias recolhidas junto da plateia.

O elenco conta com Gregório Duvivier, João Vicente de Castro, Gustavo Miranda e Inês Aires Pereira, acompanhados em palco pelo pianista Andrés Giraldo. O cenário é minimalista, com uma tela branca que se prolonga pelo palco. Há quatro cadeiras brancas, que vão sendo adicionadas ou retiras à cena. Os próprios vestem roupas pretas e brancas e é nos pormenores recolhidos junto do público que dão cor – e muitas gargalhadas – à sessão.

A capacidade de espontaneidade e a criatividade destes atores é o grande trunfo de Portátil. Que pode, sem dúvida ganhar folego com os elementos que recolhem das pessoas que assistem.

Não há um guião pré-determinado. É com base nas curtas entrevistas a que assistimos no início da sessão que os atores desenvolvem a narrativa, os diálogos e as personagens do momento. O público, ao reconhecer as situações representadas em palco, delira de emoção.

Neste caso, os interpretes exploram a liberdade de criar e inovar, usando muitas vezes o exagero e a caricatura de forma eficaz. Fundamental, neste caso, foi a capacidade de estarem sintonizados uns com os outros para construir uma narrativa coesa e envolvente.

Nesta sessão, até mesmo os obstáculos servem de mote à animação. O público percebeu e celebrou o facto de Inês Aires Pereira não conseguir dizer uma frase de Kant. Nem mesmo depois de “ter ido ver ao computador”!!!

Se procuram um espetáculo leve e divertido, para assistir esta semana, não percam “Portátil” do coletivo Porta dos Fundos, com Inês Aires Pereira.

Há novas sessões de espetáculo da Porta dos Fundos, dias 19, 20 e 21 de dezembro na Aula Magna, às 21h30. Os bilhetes encontram-se à venda nos locais habituais e custam entre 25 e 28 euros.

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