O Museu Nacional de Etnologia acolhe de 13 a 15 de outubro o 8 º Encontro Ibero-Americano de Museus, que pela primeira vez decorre em Portugal, no âmbito do Programa Ibermuseus que junta 20 países ibero-americanos, com vista ao fomento e à articulação de políticas públicas na área de museus.
O 8º Encontro Ibero-Americano de Museus, organizado pela Direção-Geral do Património Cultural, tem como tema Caminhos de futuro para os museus: tendências e desafios na diversidade. Este evento tem como objetivo aprofundar o conhecimento mútuo das realidades museológicas dos países ibero-americanos; proporcionar ocasiões de reflexão em torno do estado da questão das políticas públicas para museus; apresentar e debater ideias e linhas de futuro para a evolução dos museus ibero-americanos.
Questões emergentes quanto à evolução dos museus no horizonte de 2020 ou até à década seguinte, a crise económica, a diminuição do financiamento público, as mudanças demográficas (repercussão do envelhecimento das populações nos serviços educativos, no voluntariado e nas exposições ) e a rápida evolução digital são alguns dos pontos que serão abordados enquanto fatores que influenciam o devir dos museus e de outras entidades culturais. Levantar questões, interrogar os paradigmas existentes e refletir sobre os caminhos que se abrem à evolução dos museus constituem as linhas de força do 8º Encontro Ibero-Americano de Museus. Ancorada na diversidade de situações existentes, a escolha de um tema aberto à construção do futuro poderá alargar e enriquecer o conhecimento do variado mosaico ibero-americano e ajudar na definição das políticas públicas para os museus destes territórios.
O Programa Ibermuseus é uma iniciativa de cooperação dos 22 países ibero-americanos, com vista ao fomento e à articulação de políticas públicas na área de museus. Portugal é um dos países membros deste programa, fazendo parte do grupo de 11 países que integram o respetivo Comité Intergovernamental.
O Encontro está organizado em torno de quatro painéis temáticos, “Cooperação, parcerias e redes nacionais e internacionais”, “Cidadania, acesso e participação”, “O lugar dos museus na era digital” e “Enfrentando a(s) crise(s): políticas públicas para museus na Ibero-América”, onde conferencistas de 18 países do espaço ibero-americano apresentarão comunicações sobre as respectivas realidades nacionais, distribuidas pelos painéis precedentes. A conferência inaugural e as conferências introdutórias aos painéis temáticos são da responsabilidade de personalidades portuguesas, tais como o Programador Cultural António Pinto Ribeiro, o Sociólogo Augusto Santos Silva e a Museóloga Inês Fialho Brandão.
No final do Encontro será apresentada a Declaração de Lisboa que apontará algumas questões emanadas dos debates e um conjunto de linhas orientadoras para as politicas públicas para museus nos países ibero-americanos.
Texto de Susana Sena Lopes











