Um pedinte nas ruas de Lisboa, uma mãe desesperada à procura do filho pouco depois do abalo sísmico e uma elegante dama de corte do reinado de D.José foram alguns dos personagens com que nos cruzámos no Quake, no dia 1 de Novembro. O Museu do Terramoto de Lisboa assinalou a data com sessões especiais, que procuraram de forma mais fidedigna, recriar o ambiente do século XVIII.
Uma Orquestra de Cordas da Casa Pia de Lisboa recebeu os visitantes neste 268º aniversário do Grande Terramoto de Lisboa. Os alunos interpretaram música da época, nomeadamente do compositor Johann Sebastian Bach.
Imbuído do espírito da época, o CH Magazine voltou a visitar este Museu que usa o entretenimento como veículo de transmissão de conhecimentos de história e de ciência. Tal como nos explicou Clara Santiago, Marketing Manager do Quake, toda a narrativa que guia os visitantes pelo espaço tem rigor histórico e cientifico assegurado quer por sismólogos Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (os professores Luís Matias e Susana Custódio), assim como pelo historiador e escritor André Canhoto Costa.
A visita começa com uma abordagem à ciência muito lúdica, em que através de um conjunto de jogos assimilamos conceitos como as placas tectónicas, as ondas sísmicas ou as construções antissísmicas.
Os visitantes têm mesmo uma simulação e descrição detalhada de sismos de magnitude muito elevada, como foi o de São Francisco (de magnitude estimada de 7,9) que teve lugar a 18 de abril de 1906 e o de Tohoku (magnitude 9,1), que abalou todo o Japão a 11 de março de 2011.
Entramos depois numa viagem no tempo, que nos leva às ruas de Lisboa.
Suportes interativos dão-nos mais informações sobre alguns detalhes e temos tempo para explorar como era a vida nas ruas de Lisboa em 1755.
Neste dia 1 de novembro, as portas da igreja, onde decorre um dos momentos mais emocionantes desta visita foram abertas por um “padre” que nos deu as boas vindas à celebração especial de Dia de Todos os Santos.
O simulador do terramoto dá-nos não só a experiencia sensorial como visual. Saímos depois para “as ruas de Lisboa” para conhecer as suas consequências: além da destruição, os incêndios, seguido do tsunami.
No piso superior somos chamados a refletir sobre a reconstrução da cidade e ouvimos outras perspetivas do momento, como a historia de uma escrava africana ou o Padre Jesuíta, censor de livros.
O propósito desta visita é apresentado no ultimo espaço. Uma sala de projeção 360º resume o episódio catastrófico que mudou os contornos da cidade e deixa-nos alerta para a necessidade de estarmos todos preparados para agir e proteger em caso de necessidade.
World Travel Awards de 2023
O Quake – Museu do Terramoto de Lisboa foi um dos World Travel Awards de 2023. Foi anunciada, no final de setembro, a atribuição do prémio de Nova Atração Turística Líder da Europa de 2023 (Europe´s Leading New Tourist Attraction).
Como Visitar?
O Quake fica na R. Cais de Alfândega Velha 39, em Lisboa. Pode ser visitado diariamente, entre as 10h00 e as 18h00.
Os bilhetes podem ser adquiridos antecipadamente online, com um desconto de 10%. Os preços variam consoante a hora, dia e época do ano. Custam entre 21 e 31 euros. Há desconto para crianças entre os 6 e os 12 anos (entre 14,50 e 21,50 euros) e séniores (+65 anos) (entre 17 e 25 euros). Crianças entre os 4 e os 5 anos podem visitar a experiência mas não é permitida a sua entrada na plataforma do simulador.
