Lisboa é a primeira cidade europeia a receber a Battito Infinito World Tour de Eros Ramazzotti, com dose dupla – duas noites repletas na Altice Arena. A primeira, a 3 de fevereiro, desvendou a festa de celebração dos 35 anos de carreira, percorrendo os clássicos de sempre e temas novos, saídos do álbum editado em 2022, que deu nome à tournée.
Entre braços esticados, sempre prontos a registar os momentos, o cantor italiano desfilou interpretações energizadas mesmo na lentidão das baladas mais românticas. Teve-se “Battito Infinito”, “Gli Ultimo Romantici” e “Sono” – canção que nasceu da amizade com Alejandro Sanz – antes das palavras arranhadas em português: “Boa noite Lisboa (…) Obrigada por esta noite fantástica. Vamos fazer boa música!”
Seguiu-se a boa música e o desassossego dos tantos que ansiavam pelas selfies: “Dove Cc’è Musica”, “Quanto Amore Sei”, “Un´Emozzione per Sempre”, “Piu’ Che Puoi “(em dueto com Monica Hill) e “Stella Gemela” a marcar mais ritmo.
“Se bastasse una bella canzione” desinquietou as vozes da Arena, cujos corpos se levantaram para “Rittornare a ballare” e “Un Attimo di pace”, antes do tema “Magia” – dedicado ao filho Gabrio, e do dueto “I belong to you”, desta vez com Roberta Gentile. Seguiu-se um momento unplugged com “Solo con te / l’uragano mery” e as luzes e os sons regressam para o meddley “una storia importante”/adesso tu”.
Um dos momentos mais especiais foi a interpretação do “Un’altra te”, entre muitos coros e palmas, depois fusionado com uma versão de “No Woman No Cry” de Bob Marley. “Terra promessa” voltou a tirar os rabos das cadeiras para o “Fuoco nel fuoco”, “Cose dela vitta” e “L’ombra del gigante”, transformando a Arena numa pista de dança, mas com horas de fechar.
Nessa hora, o palco esvazia-se, indiferente aos assobios de quem não quer que o concerto termine. Sem grande espera, Eros Ramazzotti regressa de boné e t-shirt preta, apresentando os elementos da banda, um a um: na guitarra Luca Mantovanell, na percussão Dario Tanghetti, na bateria Eric Moore, no baixo Paolo Costa, no saxofone Marco Scipione, no teclado Giovanni Boscariol, na guitarra Giorgio Secco, nos coros Monica Hill e Roberta Gentile, e no piano o maestro Luca Scarpa.
“Favola”, “Musica è” e “Più Bella Cosa” fecham o concerto e mostram porque é que Eros Ramazzotti continua a ser um dos cantores românticos mais aplaudidos, sempre com o amor como tema principal, nas canções e na vida.
Più bella cosa non c’è / Più bella cosa di te
Unica come sei /Immensa quando vuoi
Grazie di esistere
