Arquitetura a Nu, proporcionou no sábado dia 24, duas iniciativas voltadas para a arquitetura paisagista. A iniciativa da Fundação de Serralves contou com uma visita guiada por João Gomes da Silva pelos jardins do museu e a apresentação do livro The Order of Landscape, da sua autoria.
A Ala Álvaro Siza foi palco, sábado dia 24, de duas atividades no âmbito da arquitetura paisagista. A primeira teve início às 15h00.
Cerca de uma dezena de pessoas compareceu á visita guiada liderada por João Gomes da Silva. Os bilhetes custavam 11 euros e asseguravam uma mostra bem detalhada com enfase na flora do parque com noções arquitetónicas.
O arquiteto paisagista liderou uma excursão de cerca de 1h45 bastante elucidativa acerca das espécies de plantas escolhidas para dar vida ao parque, assim como as linhas visuais e arquitetónicas que compõe a estética do Parque da Fundação Serralves.
Com bastantes pausas durante o percurso para enfatizar diversas partes do espaço, o momento fluiu como uma conversa bastante descontraída e fluída.
Ouvir o arquiteto Gomes da Silva a falar sobre a flora envolvente é como uma miniaula extremamente detalhada e informativa.
Pelas 17h00 estava na hora de o Livro The Order of Landscape, (em português A Ordem da Paisagem), ser apresentado. Após a apresentação do livro em Lisboa, estava na hora do Porto receber a sessão.
No painel constavam seis figuras: João Gomes da Silva, João Carmo Simões, Daniela Sá, Paulo David, Aurora Carapinha e Philippe Vergne.
Daniela Sá e João Carmo Simões, fundadores da Monade, editora sob o qual o livro foi publicado referiram bastante a parte fotográfica do livro. Aliás, foi Carmo Simões que foi responsável pelo ensaio fotográfico vital ao mesmo.
O madeirense, Paulo David, arquiteto e professor é responsável por dois projetos inseridos no livro sendo estes a piscina das Salinas em Câmara de Lobos e Grutas de S. Vicente na Madeira.
O foco da intervenção nos desafios de um arquiteto, principalmente o paisagista, fez luz no dia- a- dia das pessoas que constroem o panorama verde das cidades.
Aurora Carapinha, foi curiosamente a aluna nº6 do fundador da Licenciatura de arquitetura paisagista, denominada na altura de bacharelato em Planeamento Biofísico e Paisagístico. Mais tarde foi distinguida com o Prémio Ribeiro Teles em 2021, prémio que alberga o nome do pioneiro e seu antigo professor.
Descreveu esta obra como “um livro silencioso”.
O diretor do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Philippe Vergne, que admitiu não reconhecer a diferença entre “uma bétula e uma árvore de Natal” definiu a obra apresentada como algo bastante interessante e com um valor para a arquitetura paisagista imensurável.
Finalmente, terminando a sessão, o autor do livro em colaboração com Álvaro Siza, João Gomes da Silva rematou com a importância do seu trabalho com o renomeado arquiteto e frisou a contemporaneidade do seu trabalho.
Estes eventos surgiram no âmbito do projeto Arquitetura a Nu, organizados pela Fundação de Serralves. Aconteceram na Ala Álvaro Siza até à abertura da exposição dedicada à Coleção de Arte Contemporânea de Serralves e ao Arquivo Álvaro Siza depositado no museu, com data marcada para o início de 2024.











