O que foi a segunda ronda?
O segundo dia do Sol da Caparica 2024 teve de forma notável ainda mais aderência do público, cada atuação do Palco Sagres foi um chamariz exponencial e multiplicador. Neste recinto fez-se sentir o que são as “bolhas” de fãs de cada artista que subiu ao palco, entre Tech House, Kizomba, Pop Português, HipHop Português e Funk Brasileiro.
Diego Miranda
O segundo dia contou com a abertura em peso do DJ/Produtor Diego Miranda.
No cenário nacional e internacional, o artista, destaca-se pelo o domínio da manipulação, produção e mistura da Electronic Dance Music, mais na vertente do estilo próprio, House Music. Com mais de uma década de presença no TOP 100 da DJMAG, o seu sucesso e presença no cenário nacional é inegável e detém uma carreira sólida. O verdadeiro ritmo e letra nostálgica fez o público aquecer os músculos do corpo com uma boa melodia para as membranas do ouvido, criando uma boa atuação num ambiente agradável.
Nelson Freitas
A febre da Kizomba espalhou-se pela plateia do Palco Principal do Sol da Caparica, pelo artista holandês de origem Cabo-Verdiana, Nelson Freitas; acompanhado da sua banda e bailarinos talentosos, entregaram um show cheio de carinho e sorrisos ao público.
O artista renomado, com quase duas décadas de carreira, fez sentir o quanto o público português o ama, com o seu carisma e sorriso, a partir das suas canções de sonoridade envolvente, que não permitem que o público deixe de mexer no mínimo as ancas, a estrela da Kizomba entregou a todos um concerto histórico.
Entre “Miúda Linda” e “Bo Tem Mel” o concerto foi cada vez mais “Deeper” e mesmo com “Tellin Me Something” a plateia cantou tudo! Nelson para muitos foi um “Hero” neste final de tarde da Caparica por isso não “Stay Away” do recinto.
Bianca Barros
Bianca Barros, natural de Viana do Castelo, ex-concorrente do The Voice Portugal, no Palco Bandida do Pomar, “Antes da Noite Acabar” apresentou ao público um concerto intimista com banda, a plateia presente demonstrou o carinho cultivado pela cantora Pop, em ascensão constante na industrial musical portuguesa, com um milhão e centenas de milhares crescentes, a cantora conta com colaborações como Rita Rocha, Nuno Lanhoso e inclusive André Sardet.
No momento certo, aproximou-se mais da plateia, e aí, “Foi de Vez”, quem estava mais tímido para trás no espaço chegou mais perto para ver e sentir a boa energia “Inevitável” da artista.
Rui Veloso
O inigualável Rui Veloso, “Não Há Estrelas no Céu” mas brilharam elas no palco, um dos reis do Rock & Blues Português, apresentou-se ao mais alto nível no Palco Principal, acompanhado da sua banda talentosa. Este que é um ícone do Pop Português, escusa de apresentações, mais que conhecido e aclamado pelo público, que teve “Todo o tempo do Mundo” para apreciar um bom concerto. Esta plateia vai dos 8 aos 80 em termos de idade e também de intensidade, tanto nas canções mais calmas, até às mais mexidas, o concerto do lisboeta, foi sim um íman de público.
Em breves momentos de silêncio para interagir com o público, agradece à sua banda por acompanhá-lo, porém foi no momento do “Primeiro Beijo” que o cantou e tocou a solo acompanhado pela guitarra.
Vale de igual modo que, para contrastar energias, fi nalizou o espetáculo com a energia contagiante de “Chico Fininho” e de seguida a energia emotiva de “A Paixão”.
Mizzy Miles
“ayo Mizzy Miles, the streets gon love this one!”
O fenómeno português, DJ/Produtor criado entre Lisboa e o Rio de Janeiro, é atualmente um dos maiores promotores da força do HipHop nacional; com mais de 60 milhões de plays até ao momento, entre todas as plataformas digitais, o artista destaca-se pela qualidade original e criativa no que faz. Com incontáveis colaborações nacionais e até internacionais, prepara-se cada vez mais para lançar o seu tão aguardado primeiro disco prometido ainda para este ano.
Com a sua própria firma e filosofia de vida, “Make More, Never Less”, é o lema e movimento erguido, tanto pela sua equipa, tanto pelo artista.
Acompanhado de bailarinos em palco com energia contagiante, autotune sempre no tom, efeitos especiais e fogo no ar, Mizzy trouxe a todos o que foi um espetáculo que não deixou desanimo ao público.
Chegou até mesmo a proferir “hoje tenho a confirmação que estamos na margem certa”.
Fez vibrar o solo da Margem Sul com um DJ Set e performance cheia de momentos divertidos com hits nostálgicos, tendências atuais e produções autorais, o artista conseguiu até que todo o mar de gente do Sol da Caparica abraçasse o próximo; entre moshpits e rodas de dança, tendo agradecendo a todos por estarem presentes, fez referência a um dos seus hits mais recentes, “Benção” com participação de Bispo e Van Zee que contou 7 semanas no #1 do top diário do Spotify em Portugal.
MC Livinho
Oliver Decesary Santos, ou também conhecido como MC Livinho foi provavelmente “a cereja no topo do bolo” do dia 16 do festival da Sol da Caparica.
Afinal, o que é um “MC” ?
No Funk, MC, significa Mestre de Cerimónia, que é algo que o Livinho e a sua equipa fizeram de forma indubitável. O artista acompanhado de um DJ, coro de vozes, e talentosos bailarinos, trouxe a cultura raiz do funk diretamente de São Paulo para o parque urbano da Costa da Caparica. Visivelmente notou-se, o que foi um dos momentos mais preenchidos e audíveis do festival até então com um público diretamente ligado às letras dos êxitos mais recentes e virais na rede social Tik Tok, como também nas plataformas de streaming.
A tendência e sucesso do cantor não é de hoje, o artista conta com quase duas décadas de carreira, incluíndo até carreira futebolística; a sua voz inconfundível de extensão vocal tenor, desde pequeno treinada na igreja com as suas influências de Michael Jackson até no estilo de performance como dança em palco, contribuem e marcam a total diferença em palco.
Num momento mais calmo, sentado, ao som do Cavaquinho, Livinho cantou um dos seus inúmeros êxitos “Tenebrosa”.
O DJ chegou a referir a famosa gíria portuguesa, usada de norte a sol do país em concertos, algo como, “Isto é que é bom!”
Entre alguns clássicos “Tudo de Bom”, “Picada Fatal” e “Se Prepara”, o Cantor despediu-se do público junto do filho que disse a todos, “Amo Vocês”.
E Depois?
A madrugada de 17/08 já começou e os festivaleiros precisam de descansar, já já terá abertura no palco principal com o warm up da dupla Insert Coin, é para tirar o pé do chão com Danni Gato, reconfortar uns corações com Bárbara Bandeira, chegar quase ao ponto de ebulição com os Quatro e Meia e realmente bater tudo com Xutos & Pontapés!




















