Stomp: O Ritmo Urbano Que Conquista Corações

Reportagem de Tânia Fernandes e António Silva

Stomp
Stomp

Da mesma forma que hoje damos prompts à Inteligencia Artificial para criar músicas, desde 1991 que aos Stomp basta dar baldes do lixo, vassouras ou tubos. Tudo serve para marcar ritmo e criar atmosferas melódicas.

O concerto tem vindo a evoluir e o espetáculo que trazem agora a Lisboa e ao Porto é animado, divertido e uma excelente opção para toda a família. Além de musical, tem uma ténue narrativa de forte pendor cómico que não passa despercebida aos mais novos. Assente na linguagem gestual, não se perde em traduções e torna-se compreensível por todos.

Durante cerca de duas horas, pode contar com oito talentosos artistas em palco. É um espetáculo musical, mas em palco não há instrumentos convencionais. Há objetos do quotidiano, desde caixas de fósforos, pias, baldes, púcaros, tachos e até mesmo o próprio corpo humano. Os Stomp transformam estes objetos em instrumentos musicais improváveis, criando ritmos cativantes que fazem o público vibrar.

A música pulsa-lhes nas veias. Mas são também exímios bailarinos, acrobatas e atores. Fazem-nos abanar o corpo e neste espetáculo em especial, pedem a nossa colaboração.

O ambiente é underground, mas a cadência vibrante. Transformam os gestos mais banais, como varrer o chão ou empurrar carrinhos de compras, em elaboradas coreografias.

Há cenas em que assistimos a um combate físico entre os elementos, outras em que atuam de forma perfeitamente sincronizada, como se fossem um organismo vivo, composto por vários elementos interligados.

Têm já momentos que caracterizam os seus espetáculo dos Stomp, e que lhes dão identidade, mas que o grupo tem vindo a aperfeiçoar fruto da experiência acumulada: a abertura com as vassouras, o número dos isqueiros, ou o intenso momento de encerramento com os bidons e a dança com as tampas dos caixotes do lixo.

Exploram uma variedade de estilos musicais. Há momentos que nos fazem viajar ao tablao de flamenco. Numa improvável fusão de sevilhanas com arte urbana.
Criam ainda ambientes improváveis, hipnóticos, quase tribais, ao manipular estruturas tubulares.

O espetáculo termina com o público contagiado pela energia criada em palco, a bater os pés e a aplaudir em uníssono.

Os Stomp trazem um espetáculo de entretenimento puro, do qual sobressai a importância da criatividade e da expressão artística nas nossas vidas.

O espetáculo vai estar em cena, em Lisboa, no Teatro Tivoli BBVA até ao dia 31 de março, de terça-feira a domingo às 21h00, aos sábados e domingo às 16h00. Os bilhetes custam entre 20 e 40 euros.

Sobe ao Porto de 4 a 6 de abril, no Coliseu do Porto, com sessões quinta-feira e sexta-feira às 21h00 e sábado às 16h00. Os bilhetes custam entre 18 e 40 euros.

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