O Teatro do Bairro apresenta até dia 26 de fevereiro, a peça RINOCERONTE do dramaturgo romeno Eugène Ionesco, considerado um dos pais do Teatro do Absurdo.
Um rinoceronte atravessa a toda velocidade a rua numa pacata cidade. Traz consigo a “rinocerite”, doença que contagia progressivamente os habitantes tornando-os conformistas, uniformizando o seu pensamento até os converter em rinocerontes.
Em palco vão estar David Almeida, Dinis Gomes, Duarte Guimarães,Graciano Dias, Ricardo Aibéo, Rita Durão e Sofia Marques. A encenação é de Ricardo Aibéo.
Em 1960, o próprio dramaturgo relatou como se deu o ponto de partida para a escrita de O Rinoceronte. Conta Ionesco que o escritor Denis de Rougemont se encontrava em Nuremberga quando ocorreu uma impressionante manifestação nazi em homenagem a Adolf Hitler. Uma multidão imensa esperava pelo führer, que tardava em chegar. Quando a comitiva de Hitler surgiu, houve uma histeria contagiosa tal que até o próprio Rougemont se sentiu atingido, fazendo-o pensar: “Que espécie de demónio me possuiu de tal forma, ao ponto de ficar quase seduzido pela ideia de me entregar, como os outros, ao delírio insano?”. Este acontecimento inspirou Ionesco a escrever O Rinoceronte e surge relatado no seu livro Notes et Contre Notes, publicado em 1962, reforçando a tese de que esta obra constitui uma grande sátira ao nazismo.
RINOCERONTE de Eugène Ionesco pode ser visto de 21 a 26 de fevereiro, de terça a sexta, às 21h30, e sábado e domingo às 18h00.
Os bilhetes podem ser adquiridos no local e online e custam 12 euros, havendo descontos.














