Reportagem de Tânia Fernandes e António Silva
Foi ao som de “Grândola Vila Morena” que o cacilheiro Trafaria Praia, voltou a abrir caminho no rio Tejo, na sua primeira viagem turística em Lisboa. A obra que a artista plástica Joana Vasconcelos levou à Bienal de Veneza, em 2013, engalanou-se de cravos vermelhos, assinalando também a data em que regressou a casa. O Cais do Sodré ganha, a partir de hoje, mais um ponto de interesse, com a possibilidade de se visitar o cacilheiro adaptado pela artista ou mesmo fazer um cruzeiro no rio Tejo. Em vez da Praça de São Marcos, o ponto de retorno é agora a Torre de Belém.
O Trafaria Praia foi o Pavilhão “flutuante” de Portugal na Bienal de Veneza em 2013 e durante seis meses transportou mais de 100 mil pessoas pela lagoa da cidade. A peça fez-se notar pela forma como a artista manteve a sua funcionalidade e decorou com elementos lusitanos, sempre em estreita ligação com a sua origem. O convés que submerge os passageiros no fundo do mar, a cortiça que serve de revestimento às zonas de lazer, a bandeira nacional hasteada e mesmo o Santo António que nos acompanha, agora com o Cristo-Rei na mira, são elementos incontornáveis nesta visita que agora pode ser feita por passa pela cidade.
Adquirido recentemente pela Douro Azul, o Trafaria Praia é um projeto com continua ativo, e a partir de hoje, com vocação turística. Abre ao público, para visitas de terça-feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00. Realiza cruzeiros de terça-feira a sexta-feira às 11h00, 16h00 e 19h00 e aos sábados e domingos às 11h00, 15h00, 17h00 e 19h00.
A entrada custa 6 euros e a visita com cruzeiro custa 18 euros. Para menores de quatro anos, os bilhetes são gratuitos. Até aos 12 anos ou para maiores de 65 anos há uma redução de 50% no bilhete de acesso.
