Vanessa Alves mostrou no CCB que “Veio para o fado e ficou”

VReportagem de Madalena Travisco (texto) e Joice Fernandes (fotografias)

O concerto de Vanessa Alves, inserido na programação do ciclo Há Fado no Cais, expôs uma alma genuinamente fadista, do fado clássico, cuja voz e gestos preencheram o Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém na noite de 23 de maio.

De percurso discreto mas firme, esta intérprete fadista sem discos gravados em nome próprio e sem publicidade, não deixou de agradecer a presença das pessoas que a vieram ver.

Acompanhada de José Manuel Neto na guitarra portuguesa e de Rogério Ferreira na viola, a interpretação do “Vim para o fado e fiquei” silenciou a sala na primeira de outras grandes interpretações do fado clássico, desde o “Fado da Sina” ao fado “A minha rua”. Entre dois temas com letra de José Luís Gordo, um dos grandes poetas que a acompanha (“Pergunta a quem quiseres” e “Cantava para ti cantava”) escutou-se “No silêncio onde me prendo”, letra da sua autoria.

No encore a pedido, trouxe ”Saudades tenho-as aos montes” e “Noite cerrada”. E encerraria. Com enorme presença e também com humildade. Sobre os músicos que a acompanharam, depois do terceiro fado – uma marcha de Lisboa – disse: “Muitas palmas são poucas para agradecer a presença deles.” É verdade, mas Vanessa também provou merece-las.

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