
Com encenação de Ricardo Pais, o espetáculo encena um sonho simultaneamente antiquado e high tech: uma casa decorada com taxidermia carnavalesca, subtraída a um devaneio de Cocteau ou Dalí, acolhe personagens em busca de convivência dramática, formas de interação “surpreendentes e mesmo… fixes” promovidas por um autor que quer fazer das várias histórias e traumas “um evento capaz de nos ler a todos e a cada um diferentemente”.
Neste filme de terror em que vamos curtindo o que sobrevive dos palcos, teimando em não receder noite analfabeta adentro, como reclamarmo-nos de corpo inteiro? Quando a Finança nos desmembra, não há Dexter que nos valha! Resta-nos, talvez, criar a máquina de adivinhar as várias metades que nos faltam, o futuro. Eletrifiquemos o serrote. Música! Divertamo-nos.
Ricardo Pais / Jacinto Lucas Pires
A peça conta com as interpretações de Emília Silvestre, Jorge Pinto, João Castro, Luís Araújo, Simão Do Vale, António Parra e Ricardo Pinto.
Meio Corpo vai estar no pequeno auditório do CCB nos dias 7, 9, 10 e 11 de março pelas 21h00, e no dia 8 pelas 16h00. Os bilhetes podem ser adquiridos online ou nas bilheteiras do CCB e têm um custo que varia entre os 11 euros (laterais) e os 15 euros (plateia).
Texto de Sandra Gregório