Depois de ter passado por Famalicão, Loulé e Porto, Quem Cuida do Jardim, criação da atriz e encenadora Cristina Carvalhal, estreia-se em Lisboa. O espetáculo vai estar em cena de 14 a 25 de maio, no CAL – Centro de Artes de Lisboa, na Graça.
Quem Cuida do Jardim propõe uma reflexão distópica sobre os últimos dias da humanidade, cruzando humor mordaz, ética do cuidado e especulação científica, numa maratona de dez apresentações.
A peça, assinada pela estrutura teatral Causas Comuns, imagina um cenário pós-apocalíptico em que quatro sobreviventes confrontam o colapso da civilização tal como a conhecemos. Entre eles, está um ser geneticamente modificado, criado em laboratório segundo princípios de cuidado e empatia, que encarna a hipótese de uma nova espécie humana. Esta figura levanta dilemas éticos e expõe tensões entre o que resta do passado e as possibilidades de um futuro alternativo.
Interpretado por Alice Azevedo, Bruno Huca, Carla Bolito e Diogo Freitas, o elenco dá corpo a uma narrativa que alterna o absurdo com a crítica social, misturando ficção especulativa com pesquisa histórica e antropológica. O texto parte de uma provocação deixada no final de Cândido ou o Optimismo, de Voltaire – “devemos cuidar do nosso jardim” – e interroga-se: será ainda possível reinventar a forma como vivemos juntos no planeta?
Com sessões às 21h00 de quarta a sábado e às 16h00 ao domingo, os bilhetes para o CAL custam 10 euros, com preço reduzido de 7 euros para menores de 30 anos, maiores de 65, pessoas com deficiência e profissionais das artes do espetáculo.
Depois da temporada lisboeta, Quem Cuida do Jardim segue para o Ponto C, em Penafiel, nos dias 6 e 7 de junho, e para o Teatro-Cine de Torres Vedras, a 14 de junho.
A peça é uma co-produção da Causas Comuns, Momento – Artistas Independentes, Casa das Artes de Famalicão e Cineteatro Louletano.
