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Esquadrão De Hip Hop Esgota Lotação De O Sol Da Caparica

Reportagem de Tânia Fernandes e António Silva

Richie Campbell n'O Sol da Caparica

O terceiro dia de festival O Sol da Caparica foi o mais procurado. Com um cartaz a incidir sobre o hiphop, foi o dia que a lotação do recinto esgotou. Richie Campbell, Ludmilla, Mishlawi, Plutónio e os Karetus, a fechar, deixaram boas memórias a quem assistiu aos concertos.

Pela grande afluência ao festival, este sábado ficou também marcado pela dificuldade em chegar e depois circular no recinto. Formaram-se longas filas para as áreas de restauração e casas de banho, fazendo desequilibrar a balança de bem estar, a quem vem a um festival ouvir música e passa uma parte considerável do dia dentro do recinto. 

Karetus
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Passava das três da manhã, quando os Karetus finalmente se despediram fazendo com que a nuvem de pó, no ar durante toda a sua atuação, pudesse também descansar. O projeto de música eletrónica formado pelos Djs Carlos Silva e André Reis tem grande popularidade junto dos jovens, que no final, não lhes poupavam elogios “Foi o melhor concerto da noite!”. Deram um espetáculo com ritmo, marcado pelas fortes luzes, fumos,  chamas e confettis, sincronizados com misturas de temas conhecidos, como uma versão do tema “Bella Ciao” da série La Casa de Papel.

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Antes, as atenções concentraram-se em Richie Campbell, no palco principal. Restrito a uma hora de atuação, o músico conseguiu dar um concerto eficiente, em que pôs todos a cantar, e a pular, seguindo as suas indicações. Foi um concerto recheado de grandes êxitos, como “Best Friend”, “Get With You”, “I Feel Amazing”, “Stress”, “Water”. Chamou depois Plutónio e de seguida Mishlawi para cantar, com cada um, um tema.  Mishlawi acabou por pouco se ver em palco, devido a problemas com o microfone. Richie Campbell ensaiou depois com o público “Do You No Wrong” e já com o tempo de permanência em palco contado, fez uma pequena brincadeira com o ritmo de “Slowly”. Deixou um recado aos que o seguem “Depois do verão, vão começar a sair músicas novas!”.

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Dois géneros musicais diferentes, com origem no Brasil, marcaram presença no palco principal. Gabriel O Pensador foi um dos nomes consagrados que se juntou este sábado, ao cartaz de música lusófona do festival O Sol da Caparica. Percorreu o palco, no seu estilo descontraído, a soltar rimas, entre ritmos, sempre com uma mensagem de liberdade. Despediu-se com “Eu Não Faço Questão”, uma canção que gravou com os portugueses D.A.M.A. e “2,3,4,5,Meia 7,8”. 

Seguiu-se a polémica Ludmilla, que costuma ser notícia pelo que diz ou mostra. O público conhece bem os seus temas e acompanhou-a em ”Onda Diferente” ou “Sou Eu”, entre outros. Recebeu ainda a amiga Soraia Ramos, com quem interpretou “Agora Penso Por Mim”. Foi uma atuação cheia de ritmo, com a artista a combinar excertos de músicas conhecidas, como “Faz Gostoso” de Blaya ou “Olha a Explosão” de Kevinho. Podia ter saído em grande, mas uma falha técnica, esvaziou o som de “Cheio” que se ficou apenas pelas filas junto ao palco. 

Do outro lado do recinto, continuaram as dificuldades em conseguir ver o palco onde atuou Mishlawi. A concentração de pessoas, nesta zona, para acompanhar o ritmo dos nomes do hip hop, formou-se cedo e tornou-se compacta no decorrer da noite. O rapper e cantor nascido nos Estados Unidos da América, vive em Portugal desde cedo e tem este país no coração. Conta já com uma sólida legião de seguidores e deu, esta noite, mesmo com o seu jeito tímido, tudo para os agradar. “FMR”, “Uber Driver” ou “Limbo” levaram o ambiente para um R&B sensual, durante este último, com o momento telemóvel no ar de luz acesa.

Também colega da Bridgetown, empresa responsável pela gestão de carreira dos artistas Richie Campbell e Mishlawi, Plutonio mostrou-se muito feliz de pisar o palco do festival O Sol da Caparica. “Estou a realizar um sonho, de tocar aqui” disse no início do concerto. “Eu sou de Cascais, do bairro da Cruz Vermelha, mas estou-me a sentir em casa” acrescentou. E foi nesta casa que tocou temas que todos conhecem como “Não Se Passa Nada”, “Iminente” (tema de Papillon, produzido por Slow J), “Não Vales Nada” ou “Pela Última Vez”.

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Enquanto isso, no palco principal também atuou um dos nomes do rap e hip hop português, mas cuja carreira já evoluiu para uma sonoridade que abrange um público mais vasto. Boss AC fez-se acompanhar de um conjunto razoável de músicos, e fez a festa com aqueles temas que todos conhecem e cantam como “Sexta-feira (Emprego bom já)”, “Queque Foi”, “Tu És Mais Forte” ou “Princesa (Beija-me outra vez)”.
Este palco abriu às 20h00 com o concerto dos Capitão Fausto.

De volta ao palco secundário, os Supa Squad, grupo em que se destacam as figuras de Mr. Marley e Zacky Man tiveram o público completamente na mão. Foi o que se sentiu com a loucura em “Tá Controlado”, “É Tudo Nosso” ou “Squeeze Me”. Este esquadrão tem raízes cabo-verdianas, mas um vontade de marcar a diferença, pela postura provocadora, imagem cuidada e diferenciada. Põe toda a gente a dançar, quer seja com temas com um toque de reggae, quer de ritmos mais próximos do hip hop. Trouxeram alguns convidados. Djodje, que já atuou no festival O Sol da Caparica, juntou-se agora a eles em “Desmontar” e Laton em “Animal”.

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Antes, no mesmo palco, fizeram-se notar os Força Suprema, coletivo de hip hop representado pelo trio NGA, Don G e Prodígio. Um sucesso que se prolongou depois da atuação, com uma concentração de admiradores em fila, junto ao acesso de backstage, para tirar fotografias com os artistas. 

O festival O Sol da Caparica abre as portas para mais um dia com uma programação diferente. O domingo é dedicado às crianças, como tem sido habitual, em edições anteriores.

A organização, este ano, acrescentou um sunset ao cartaz, que começa às 19h00 e conta com a atuação de djs. Ruben da Cruz é o primeiro a por musica. Segue-se depois Swag on Experience, Olga Ryazanova, Wao, Pete Tha Zouk (as 23h00) e Diego Miranda a fechar, a partir das 00h30. Os bilhetes para o suster custam 12 euros e encontram-se à venda nos locais habituais. 

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