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Evanescense De Volta À Vida Com Muita Energia

Reportagem de Tânia Fernandes e António Silva

Evanescence
Mesmo com os alertas de temporal nas ruas de Lisboa, esta segunda feira, a verdadeira tempestade de luz e som teve lugar dentro do Campo Pequeno. Os Evanescense atuaram, finalmente em Portugal, e com lotação esgotada, depois de várias datas remarcadas.
Mais do que o tempo, os fãs temiam em que condições se apresentaria Amy Lee. Recentemente, a banda cancelou o concerto na Polónia, por motivo de saúde da vocalista. A cantora voltou aos palcos a 7 e 8 na Alemanha e havia quem lhe apontasse falhas na voz. A Lisboa, felizmente, chegou em grande forma.
Os Evanescence têm andado em digressão com os seus pares Within Temptation, mas em Portugal atuaram apenas com a banda de suporte Tigress.
Tigress é uma banda de rock britânica de Chelmsford, Inglaterra. É composta pela vocalista Katy Jackson, os guitarristas Tom Harrison e Sean Bishop, o baixista Jack Divey e o baterista Josh Coombes. Este concerto foi a estreia da banda em Portugal. Descarregaram muito energia assim que pisaram o palco. Durante a meia hora de atuação mostraram temas do recente trabalho “Pura Vida”, editado em setembro deste ano. Entre agradecimentos deixaram também elogios “Vocês são incríveis!”. Despediram-se com o tema “Alive”, sempre a pedir ao público para os acompanharem no tema.
Meia hora depois, ainda com as luzes do Campo Pequeno acesas, os decibéis subiram. Ouviu-se o tema “Killing in the Name” dos Rage Against the Machine, numa espécie de introdução. Quando o recinto mergulha na penumbra é a voz de Amy Lee que se se ouve primeiro. Só depois nos é dada a ver a sua silhueta, na parte superior do grande palco, montado no Campo Pequeno. Claramente uma estrutura própria, mais elevada do que o habitual. Excelente para quem assiste na plateia em pé. Que estava bem acondicionada, por sinal. Com muitos telemóveis no ar, a querer registar todos os momentos.
O palco tinha uns patamares que colocavam os músicos em destaque – baterista no centro – e fortes focos de luz a separar os níveis. Uma armação triangular, também com luz, enquadrava um ecrã de vídeo, ao fundo, que alimentou os temas com sequências de imagens sublimes.
2 / 7
A banda da linha symphonic metal/ gothic rock está a celebrar 25 anos de carreira e veio a Portugal apresentar o mais recente trabalho “The Bitter Truth”, editado em 2021. Amy Lee recordou, logo no início, que há dez anos que os Evanescence não atuavam em palcos nacionais.
A noite abriu com “Broken Pieces Shine”, um dos temas fortes do novo trabalho. A vocalista deu mostras da sua energia, a fazer esvoaçar os seus longos cabelos negros. No corpo sentimos a vibração das guitarras de Troy McLawhorn, Tim McCord, Emma Anzai, assim como as batidas de Will Hunt.
O público está contemplativo e mantem-se assim durante quase todo o concerto, a apreciar esta bem sucedida descarga de energia, luz e melodia. Manifesta-se de forma mais evidente em “Going Under”, tema mais antigo do álbum Fallen. A idade média de quem assiste já passará os trinta, mas a letra sabem-na palavra a palavra.
Percebe-se que os novos temas ainda não ganharam raízes emocionais nas pessoas, mas são aplaudidos com admiração.
Um piano de cauda, no centro do palco, muda o ambiente. “Far From Heaven” é um tema cheio de dor, mas também de amor, sobre perda. Um “Obrigada” dito em português perfeito resgata a assistência do estado de melancolia. “Olhem à vossa volta e vejam todas as pessoas com o coração cheio de amor pela música!” dz Amy Lee. De seguida, os telemóveis acendem-se para iluminar “Your Star”.
3 / 9
“End of the Dream” tem um início encenado, interessante, com Amy Lee na porte superior, em contraste com um clarão branco no fundo. Sucedem-se imagens de pássaros negros em voo, numa espécie de bailado. “Better Without You” começa com o som de uma caixa de música e acompanham-na imagens fortes de natureza a perder vida. Mais uma vez, toda a gente canta com Evanescence em “Call Me When You’re Sober”. Segue-se nova intervenção da vocalista. “Não deixem que ninguém fale por vocês” é a mensagem, bem reforçada, que deixa antes de “Use My Voice”. Acompanham este tema imagens de manifestações e de pessoas a exibir cartazes a dizer “Stop hate”, “Stand with Ukrain” e “Freedom”.
Para o final e depois de recolher uma bandeira LGBT das primeiras filas do público, anunciou que só ia cantar mais duas músicas. Também as mais aguardadas pelo público: “My Immortal” e “Bring Me to Life”. Esta última teve direito a explosão de confettis, num set final a causar grande impacto.
“É uma honra incrível fazer parte da vossa vida” deixou, em modo de despedida, já com a bandeira de Portugal pelas costas, num gesto de gratidão para com este público.

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