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GNR Celebraram 35 Anos De Existência No Campo Pequeno Rodeados De Amigos

Reportagem de Nuno Santos (Texto) e Joice Fernandes (Fotos)

Com quase 30 canções, celebraram-se ontem 35 anos de um grupo que ajudou a definir o novo rock em Portugal. Os GNR lotaram o Campo Pequeno e mostraram 35 anos de enorme lucidez, força, vibe, e boa energia perante tantas diferentes gerações presentes em tão bonita sala.

Deram-se os 15 minutos da praxe para ocupar o recinto e, com luzes apropriadas, a história do grupo começa a passar no vídeo hall de fundo. O concerto arranca com o “Bem vindos ao passado!”, que termina com um “Muito obrigado por terem vindo!” de Rui Reininho.

O “Video Maria” põe 5.000 pessoas a mexerem-se nas cadeiras, alimentadas por uma enorme energia vinda da bateria. Os aplausos confirmam a adrenalina coletiva.

“Efetivamente” mostra que a multidão que veio sabe ao que veio, sabe por que veio. Veio para cantar, cantar de pé e ouvir do Rui um bonito “aparentemente gosto é desta gente”.

O alinhamento prossegue com um “Triste Titan” que permite a recuperação do fôlego, seguido de uma bem tocada “Caixa Negra” e de uma “Cadeira elétrica”, que dá uma combinação de som e de luz simplesmente espetacular. Parabéns à produção!

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E chega a “Ana Lee”, que merece bem a sua linha de “Ópio do Povo”, porque o povo ali presente canta a “Ana” do princípio ao fim.

É depois que entra a primeira convidada, Rita Redshoes. Voz quente, imagem marcante, vestido de noite de aniversário, para cantar, ela, os “Homens Temporariamente Sós”, numa versão sua, bem bonita, agradecendo aos GNR os seus 35 anos de carreira, os mesmos 35 que são os seus 35 anos de vida, da bonita Rita.

E fica no palco para o primeiro dueto, “Dançar Sós”. Uma música forte, mais uma vez bem articulada com vídeo clip, que lhe dá uma força suplementar, assim se traduzindo num dos mais bonitos momentos da noite. Bravo, Rui, Bravo Rita!

Não seria fácil manter o nível… Mas estes são os GNR, o grupo que ajudou a definir o Novo Rock. Como não manter o nível? Claro, com “Asas”, que servem para voar e nos levam longe, com um piano acústico bem marcante do Tóli César Machado a deixar-nos a dizer obrigado, obrigado, obrigado!.

Entra a nova convidada, Ianina, que tocará algumas bonitas peças com o grupo no seu fantástico e poderoso violino, uma conjugação improvável há 35 anos, uma opção muito bem conseguida para faixas como “Bellevue” e “Vocês”, e ainda para a “Valsa dos Detetives” rearranjada e para a bem forte “Sete Naves”.

Chegamos a mais um grande momento, o de “Impressões Digitais”. Toda uma sala responde a “Faz-me a impressão o trabalho…” com um bem alto Oo-Oh.

E é este grande momento afinal a introdução daquele que terá sido O momento, A música. “Sangue Oculto”, com Javier Andreu em palco, 25 anos depois da primeira vez. Único, arrepiante, explicando bem por que vale a pena celebrar. Verdadeiros puros sangues, estes mágicos da voz.

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“Las Vagas” e “Macabro” até à próxima convidada, a inevitável Isabel Silvestre, que fez questão de dizer “presente”. Cantou primeiro o popular “Santa Combinha” para, logo depois, nos pôr a seus pés, aos pés daqueles dois, com esse único e tão bonito momento que diz bem por que é tão forte a “pronúncia do Norte”. Palmas, muitas palmas, merecidas palmas.

“Nova Gente” e “Morte ao Sol” até à primeira saída, sim, porque estava claro que mais teria de haver, porque faltavam capítulos importantes deste importante livro.

Ao fim de dois, três minutos, Rui, Jorge e Tóli regressam. “Coimbra B” e… “Dunas”, com Rui a voltar a agradecer a todos no fim “Pelo caminho feito até aqui”.

A energia está alta e a sala já não se senta mais. Nova saída e novo regresso.

“Telefone Pecca” tem uma interpretação fantástica e traz logo depois o fantástico “Inferno” que os GNR tão bem interpretaram, já com centenas de pessoas a ocuparem o espaço em frente ao palco, a pedido do sempre generoso Jorge Romão.

Sente-se que estamos perto do fim. “Sub-16” enche o Campo Pequeno, que se despede do grupo que ajudou a definir o Novo Rock cantando, para terminar, o “Mais Vale Nunca”, numa moldura inesquecível, acrescentada por um grupo de pequenos, que os acompanhou neste último momento.

As palmas foram prolongadas e merecidas. 35 anos merecem muitas e muitas palmas e esta noite foi uma celebração à altura. Obrigado, Rui, Jorge e Tóli, obrigado GNR, pela noite e por continuarem a fazer o Novo Rock. Obrigado!.

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