“Constança e Eduardo são casados há 12 anos, vivem num prédio de classe média – alta (aparentemente) e com eles vive e trabalha a fiel empregada, mas muito trapalhona, Palmira.”
Está dado o ponto de partida para a comédia Trair e Coçar é Só Começar, da autoria do brasileiro Marcos Caruso (que a escreveu há mais de 40 anos), e que conta com encenação – do também brasileiro – Miguel Thiré.
A adaptação da peça para os palcos portugueses não podia ter sido entregue a melhor pessoa – Nuno Markl, um dos mestres do humor atual em Portugal e grande conhecedor da nossa realidade, como é demonstrado em pequenos apontamentos do texto.
Para o elenco, foram escolhidas algumas grandes estrelas do teatro e da televisão, mas não só. No papel principal, de Palmira, temos um grande José Raposo, que tanto nos faz rir como chorar com as suas personagens. Da Gaiola das Loucas a Chicago, passando pelo Violino no Telhado, Simone – O Musical ou O Clube na televisão, José Raposo é a escolha perfeita para esta criada trapalhona, encrenqueira e que “Só pensa em faturar”.
Para os três casais foram escolhidos atores bem conhecidos do grande público. A começar por Sara Barradas (casada com José Raposo na vida real, facto com direito a piada logo no início da peça) e Rui Unas. Os dois vindos diretamente de duas novelas, em canais opostos para o mesmo palco. Junta-se lhes Matilde Breyner, a jovem e sensual Isabela Valadeiro (que dá provas em palco dos seus atributos) e ainda Telmo Ramalho, e Rafael Medrado.
Participam ainda Bruno Madeira, e o veterano Carlos Areia (outro ator bem conhecido do público pelas suas personagens cómicas). A produção é da Plano 6 em conjunto com a UAU.
São cerca de duas horas de encontros e desencontros, mal-entendidos e muitas peripécias, à volta dos casamentos, fidelidade e suspeitas de infidelidade dos três casais, numa sequência de gargalhadas intermináveis, do princípio ao fim da peça, o que nos leva a afirmar – “Esta é sem dúvida alguma a grande Comédia do Ano”.
Uma estreia em grande, com direito a ovação de pé e várias chamadas a palco. A Não Perder!
As sessões têm lugar de quarta a sábado, às 21h00, e aos domingos às 17h00, a partir de 19 de outubro até 29 de janeiro, no Auditório dos Oceanos do Casino de Lisboa. Segue depois para o Porto, onde estará em cena no Teatro Sá da Bandeira de 2 a 19 de fevereiro.
Os bilhetes podem ser adquiridos no local e online e custam entre 18 e 22 euros para Lisboa, e 15 e 22 euros para o Porto.
