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Maroon 5 – Sucesso E Reconhecimento Em Algés

Reportagem de Tânia Fernandes

Maroon 5 - Foto Everything is New

Uma banda com grande talento para animar o público e uma lista extensa de êxitos acumulados ao longo de duas décadas. Os Maroon 5 atuaram esta terça-feira no Passeio Marítimo de Algés e ninguém saiu desiludido.

Os holofotes incidem sobre o carismático vocalista Adam Levine, mas ao longo da noite este faz questão de desviar a atenção e fazer brilhar também os restantes elementos: James Valentine na guitarra, Jesse Carmichael nas teclas e guitarra, Mickey Madden no baixo, Matt Flynn na bateria e PJ Morton nas teclas.

Com uma mistura irresistível de pop, rock e elementos de música eletrónica, os Maroon 5 conquistam seguidores desde o lançamento de seu primeiro álbum, “Songs About Jane”, em 2002. Desde então, eles têm sido responsáveis por uma série de hits inesquecíveis, como “This Love”, “She Will Be Loved”, “Sugar”, “Moves Like Jagger” e “Girls Like You”, entre muitos outros, que trouxeram esta noite a Lisboa, no arranque da digressão europeia.

O recinto contava com muitas famílias, sinal de que o programa, esta noite, era para várias gerações. Para muitos dos jovens, esta terá sido a primeira oportunidade para ver um concerto, a céu aberto, de uma grande banda, que havia tocado em Portugal em 2016.

Entraram à hora marcada, 21h15 e puseram logo toda a gente a dançar com “Moves Like Jagger” e “This Love”. “Como estão?  Cantam comigo?” pergunta antes de se lançar a “Stereo Hearts”. Muito poucos terão técnica vocal capaz de chegar às altas notas que Adam Levine atinge, mas lá que tentam, tentam.  O palco permite que o cantor se desloque às laterais, ao longo da noite, debaixo dos ecrãs gigantes e uma passadeira a meio isola-o no meio do público, na zona de Golden Circle. O Passeio Marítimo de Algés é um recinto amplo, mas esta noite não há efeitos de grande nota. Há música, autenticidade e muita emoção tanto de quem vem tocar como de quem vem assistir. A banda continua no registo de grandes êxitos com “One More Night” e “Animal”.

Em “Harder to Breathe” James Valentine vem também para mais perto do público e temos um primeiro duelo de guitarras. Depois de “Lucky Strike”, “Sunday Morning” chega um novo mega êxito: “Payphone”. A música foi lançada em 2012 e apercebemo-nos de quão rápido o mundo está a mudar ao tomar atenção à letra. Fala de um relacionamento que chegou ao fim, deixando o protagonista com uma sensação de vazio e solidão. A metáfora do “payphone” (telefone público) é usada para simbolizar a tentativa de entrar em contato com alguém que já não está disponível. Telefone público??? “I’m at a payphone, trying to call home
All of my change I spent on you”. Em Algés os telemóveis estão bem alto a registar um amor bem mais resistente que o da canção.

Tocaram “What Lovers Do”, “Makes Me Wonder” e depois “I Wanna Be Your Lover”, uma cover de Prince. PJ Morton, o teclista, além de músico é cantor e compositor. Adam Lavine dá-lhe aqui espaço para apresentar o seu tema “Heavy”.

“Maps”, lançada em 2014 foi o primeiro single do álbum “V”. Um grande sucesso que perdura até aos dias de hoje. A música começa com uma introdução melódica de guitarra, característica da sonoridade da banda. Intensifica-se com a entrada dos restantes instrumentos e culmina num refrão cheio de força. A letra? Continua pelas dores do coração. “But I wonder, where were you?/ When I was at my worst down on my knees”.

O público antecipa-se a Adam Levine em “Memories”, ao reconhecer a melodia logo na entrada “Here’s to the ones that we got/ Cheers to the wish you were here, but you’re not”. É uma música tocante, em que a voz se torna vulnerável. Milhares de pontos de luz iluminaram o momento, evocando memórias de pessoas queridas que já não estão presentes.

Com “Don’t Wanna Know” e “Daylight”, começam as despedidas. Rapidamente regressam e anunciam que vão tentar algo de novo. Junto ao público estão apenas dois elementos dos Maroon 5 (voz e guitarra) e percebemos que se vão lançar num set acústico. Acedem ao pedido de um grupo de fãs e tocam “Won’t Go Home Without You”, um tema de 2007. Adam Levine não tem bem a certeza se ainda se lembra de tudo. Mas, com umas interrupções, o momento acaba por ser extraordinariamente real e emocionante. O público aplaudiu-os de forma tão efusiva que no final, prometeram voltar a tocar “Won’t Go Home Without You” sempre que vierem a Portugal!

Ainda em formato acústico os Maroon 5 seguiram para ”She Will Be Loved”. Adam Levine contou que, quando ele e James compuseram aquele tema, há 20 anos, nunca imaginaram que o iriam estar a tocar para tantas pessoas. Acrescentaram ainda que “Vamos sempre ter gosto em tocar para vocês todas as noites”, numa prova de que continuam a gostar muito do que fazem.

Já com a banda toda em palco lançam os últimos foguetes desta grande festa com “Girls Like You” e “Sugar”. Os Maroon 5 não são uma banda on hit wonder, como se provou neste alinhamento cheio de êxitos que o público acompanhou desde o primeiro momento. O sucesso é garantido, mesmo sem necessidade de um palco extraordinário, fogo de artificio ou pulseiras luminosas, como se assistiu em Portugal no último mês. A música e a emoção que gera continua a prevalecer.

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