A Alfândega do Porto seguiu imparável no dia 27 de maio, segundo dia do JN North Music Festival.
O público, à imagem do cartaz, foi eclético e, das mais novas às mais velhas gerações, carimbou a sua presença no primeiro festival pós-pandemia, com boa disposição e um prazer renovado por voltar à normalidade.
Os barcos rabelos continuaram a navegar no Douro, o sol continuou a dar um ar da sua graça e os festivaleiros fizeram questão de preencher o quadro: copo na mão, conversas sem máscaras e sorrisos rasgados. Os festivais foram sempre assim tão bons? (dois anos é muito tempo!)
A completar a tela que se ia colorindo, à medida que as horas iam passando, os artistas que foram (ordeiramente) subindo ao palco principal do festival, das 18 horas até à meia noite, com Cassete Pirata, Tóy Tóy T-Rex, Domingues, Capicua, Robin Schulz e Don Diablo.
Entre o Rap e Hip-Hop Nacionais
Os primeiros nomes do cartaz atuaram, pela horas do concerto, frente a uma plateia muito reduzida, ainda assim, nas palavras de Daniel Benjamin, mais conhecido como Tóy Tóy T-Rex, «somos poucos, mas somos bons!». O entardecer chegava com notas de rap cantado, instrumentais fortes e criatividade melódica, ao som dos temas mais conhecidos do rapper da Linha de Sintra, dos seus álbuns Chá de Camomila (2018) e Gota d’Espaço (2020).
Domingues, o cantor que vinha do outro lado do rio, soube “agarrar” a plateia, incentivando os festivaleiros a cantar as suas músicas, com apelos de «Façam barulho, família!» e conversa animada entre os seus temas de maior sucesso, como “Romance de cinema”, “Deixa arder” e “Vai Dar”.
Capicua, a rapper portuense, não se cansou de incentivar os festivaleiros, com uma presença cativante, animada e (sempre) interventiva, num espetáculo essencialmente dedicado à cidade invicta, ao renascimento, ao empoderamento da mulher e à superação. No alinhamento os temas do seu mais recente álbum Madrepérola (2020), que esperou dois anos para ser apresentado.
O cenário de luz e brilho, conjugado com a pérola gigante no cenário e a presença divertida e descontraída de Capicua, acompanhada a duas vozes, não fizeram esquecer o poder e impacto das palavras, cantadas e ditas, em temas como “Madrepérola”, “Circunvalação”, “Gaudi”, “Mão pesada”, “Último Mergulho” ou “Casa no Campo”.
Cénica Explosiva da Eletrónica
Para o fim, os espetáculos de Robin Schulz e Don Diablo, dois hinos à música eletrónica e ao poder da música, dos remix e das produções repletas de cores, luzes e explosões.
Robin Schulz tomou conta do palco pelas 22h30 com alguns dos seus hits, como “Prayer In C”, “Sun Goes Down”, “Sugar”, “OK”, “All We Got” ou “In Your Eyes”. O DJ alemão e o seu espetáculo de pirotecnia foram um dos pontos altos do Festival.
Quase sem tempo para uma pausa ou para refrear os ânimos, os festivaleiros foram Don Diablo subiu ao palco à meia-noite e manteve a pista de dança “on fire”. O neerlandês, considerado um dos melhores DJs da atualidade, com temas de sucesso como “On My Mind”, “AnyTime”, “Day & Nite”, “Universe” ou “Cutting Shapes”, apresentou um espetáculo de luzes e pirotecnia, combinado com com um audiovisual único.
É certo que o recinto do JN North Festival esteve, ao longo do fim da tarde e noite do dia 27, menos preenchido do que no primeiro dia. Ainda assim, ao público presente foi oferecido um cartaz eclético e uma fusão de estilos, que foi animando a Alfândega do Porto.
Recorde a primeira noite de North Music Festival


















