O Festival faz-se ao Largo

festival_largoIr para a rua e abrir a porta do Teatro Nacional de São Carlos foi o mote pra a criação do Festival ao Largo, que já vai na 6ª edição, e arranca hoje e se prolonga até dia 27 de julho, sempre com entrada gratuita.

O coro do TNSC, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Orquestra de Sopros do Conservátorio do Montijo e do Conservatório Nacional, a Orquestra Chinesa de Macau, a Banda Sinfónica da GNR e a Companhia Nacional de Bailado vão proporcionar, ao final da tarde, entre os dias 27 de junho e 27 de julho, concertos únicos, interpretações de Luis Freitas Branco, Mozart, Zarzuela, Richard Strauss, Frederico de Freitas e muitos outros notáveis compositores.

Esta edição do Festival presta homenagem ao Coro do TNSC que comemora 70 anos e a Elisabete Matos pelos 25 anos de carreira como cantora lírica, e cujo último sucesso foi em dezembro de 2013 ao cantar Tosca, de Puccini, em Nova Iorque. Para além disso, a abertura faz a referência a Fiorenza Cossotto, uma das melhores cantoras líricas do século XX, que tanto sucesso obteve neste Teatro.

Destaque nesta programação, para o dia 14 de julho – dia nacional de França -, em que no âmbito da semana de Paris em Lisboa, se assiste ao “French swing café”, o imaginário do Cabaret, com marcas latinas de tango, bolero e bossa-nova. Reinventa-se com o swing dos anos 20,30 e 40 que remete para a idade de ouro do jazz.

A Companhia Nacional de Bailado, que encerra o festival, vai apresentar Orfeu e Eurídice, com coreografia de Olga Roriz. Uma peça que, para a coreógrafa, é uma extraordinária viagem, com “uma mala repleta de tudo o que a faz mover, respirar, todos os pequenos e grandes gestos guardados no seu corpo em cofre aberto”. Confessa que “é da partilha com os intérpretes que o viver faz sentido e, neste encontro constante, do que do meu corpo se propaga para quem me dança e me transforma”.

Haverá a oportunidade no dia 1 de julho, às 18h30, de abrir a porta do TNSC e admirar o Salão Nobre onde se interpretará música de Mozart e Luis Freitas Branco, pela Orquestra Metropolitana de Lisboa.

A OPART realiza este Festival há 6 anos. Acreditam que é fundamental que os artistas saiam à rua para se darem a conhecer e que é quase obrigatório que o público – que tanto aprecia a música ao ar livre – vá assistir gratuitamente a esta partilha de criações artísticas e diversificadas da arte musical. Este ano o Millennium bcp é o principal mecenas.

Texto de Isabel Pedrosa

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