O Pavilhão de Portugal na Expo Osaka 2025 ultrapassou a barreira de um milhão de visitantes, consolidando a posição do país como referência internacional na conservação marinha e no desenvolvimento sustentável.
Sob o tema “Oceano, Diálogo Azul”, o pavilhão português, concebido pelo arquiteto japonês Kengo Kuma, convida os visitantes a uma imersão simbólica no oceano, promovendo a reflexão sobre a sua importância vital para o planeta, a cultura portuguesa, o turismo e a economia azul.
Compromisso Com a Sustentabilidade dos Oceanos
A participação portuguesa na Expo Osaka destaca o compromisso do país com a preservação dos oceanos, reforçado por iniciativas como a recente revisão da Rede de Áreas Marinhas Protegidas dos Açores (RAMPA), o anúncio de uma nova área marinha protegida no monte submarino Gorringe, a 200 quilómetros da costa sul continental, e a moratória para a mineração do mar profundo. Estas ações posicionam Portugal como um líder global na conservação marinha, um estatuto reforçado pela presença do enviado especial da ONU para o oceano, Peter Thomson, na conferência New Ocean Wave, que contou também com Masanori Kobayashi, da Sasakawa Peace Foundation, e Tiago Pitta e Cunha, CEO da Fundação Oceano Azul.
Uma Ponte entre Portugal e o Japão
A presença portuguesa na Expo Osaka evoca quase 500 anos de relações históricas com o Japão, bem como marcos como a Expo 98, que colocou os oceanos na agenda política global. A participação na Expo 2025 alinha-se com o mote do evento:“Projetar a sociedade do futuro para as nossas vidas”. Destaca a inovação e a sustentabilidade como respostas aos desafios globais. O pavilhão português tem cativado visitantes com propostas desenvolvidas em colaboração com universidades, autarquias, empresas e artistas, todas ancoradas na identidade nacional.
Paralelamente, o programa Osaka em Portugal traz o espírito da Expo 2025 para o território nacional, com exposições, conferências, espetáculos e atividades educativas.
Entre os destaques estão a exposição no MUDE, em Lisboa, que revisita a participação portuguesa na Expo 1970, também realizada em Osaka, e a exposição Bordalo à Moda do Japão, na Casa da Ásia, que explora a influência japonesa na obra de Rafael Bordalo Pinheiro. O Museu de Artes Decorativas Portuguesas (MADP) promove ainda o ciclo de conversas Oratório Namban, com a participação de Alexandra Curvelo, da FCSH – Universidade Nova de Lisboa.
Com uma abordagem inovadora e sustentável, a presença de Portugal na Expo Osaka reforça o papel do país como líder na conservação dos oceanos e projeta a sua visão de futuro para um público global, consolidando laços históricos e criando novas oportunidades no cenário internacional.
