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Recordações Dos Êxitos Dos Anos 80 Continuam A Ser Receita De Sucesso

Reportagem de Tânia Fernandes, Vânia Marecos e Inês Lopes.

A-ha

70 mil pessoas, de acordo com a organização, estiveram este sábado, no Parque da Bela Vista para ouvir músicas que, provavelmente, não ouvem sequer no dia-a-dia. Mas que foram suficientemente marcantes para os fazer vir ao Rock in Rio Lisboa. Duran Duran, A-ha, UB40 ou Bush foram grandes nos Anos 80, mas pelo que assistimos este sábado, continuam em forma.

O baú das memórias é dos bens mais valiosos que possuímos. Poder reviver bons momentos, atualmente, na companhia dos amigos têm-se revelado uma receita de sucesso. Há que faça mesmo questão de partilhar as músicas da sua adolescência com a geração seguinte. Para as bandas, é uma receita interessante e uma forma estender a atividade até ao período da reforma.

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Assistimos a alguns concertos surpreendentes, no início de dia, fora do palco principal. Francisco, El Hombre, a banda brasileira dos irmãos Sebastián e Mateo Piracés-Ugarte, gerou grande alvoroço na Rock Your Street. O vocalista pediu para se abrir uma clareira e depois incitou ao circle pit, convidando os presentes a dançar com ele, de forma selvagem.

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O Cante Alentejano, como um grupo da Aldeia Nova de São Bento abriu o concerto de António Zambujo. Foi enorme a afluência ao palco. A toada em crescendo até ao “Flagrante”, do artista, autores e intérprete contemporâneo da música e da língua portuguesa, teve o Rock in Rio Lisboa aos seus pés, numa adaptação da letra do Zorro, porque o público pediu.

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O palco principal abriu com Bush, a banda grunge proveniente de Inglaterra e formada em 1992. Foi a primeira viagem ao passado, do dia. Apesar de mais recente do que os cabeças de cartaz, construíram devoção em Portugal e encontraram representantes no Rock in Rio Lisboa. Gavin Rossdale, a determinado momento agradeceu “obrigado pelo apoio, ao longo dos anos. Vocês trazem as t-shirts, sabem as letras das nossas canções… isto é difícil de conseguir” concluiu em jeito de autoelogio. Deram uma boa sessão de rock, Gavin veio junto do público várias vezes e surpreendeu ao sair dos limites do fosso e percorrer uma boa parte do recinto, contornando a regie para voltar a entrar dentro das barreiras (com os técnicos aflitos, a garantir a continuidade do som).
Referiu que este era o último espetáculo da digressão e poderia depois, finalmente, tirar uns dias para descansar. Fez quase uma aparição publicitária, ao erguer uma garrafa de cerveja e brindar com a assistência, à música, “que junta todas as pessoas”. Sozinho, com a guitarra elétrica deu um dos momentos emocionantes do concerto ao fazer soar – alto e bom som – “Glycerine”. Despediram-se com “Comedown”.

Dois nomes do hip hop animaram o palco Yorn em momentos diferentes, mas sempre com público entusiasta a assistir: Tilhon e Eva Rapdiva. Palavras duras com ritmo aguerrido, atitude forte e a nova geração a apoiar e a dar incentivo. Mensagens de quem tem os pés assentes e orienta os mas jovens. “Estar solteira não é bom e eu sei disso, mas pior é estar com alguém que não nos ama e não nos respeita”. Eva deu ainda momentos de free style em que brincou com as palavras que lhe disseram, com rimas rápidas e certeiras.

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UB40 é nome habitual nos cartazes em Portugal, com a formula revivalista. Apresentaram-se com Ali Campbel, o vocalista que já deixou a banda e voltou, em 2014. Embaixadores do reggae, espalharam-nos pelo recinto, com muito apelo à dança e ao amor. Abriram com “Here I am Baby”, levantaram ânimos com “Cherry O Baby” e ainda recordaram um dos grandes êxitos de Prince (em modo slow-reggae). Para o fim deixaram as músicas algumas das musicas ouvidas de todo o sempre, como “Many Rivers”, “Kingston Town” a cover de Elvis Presley “Can’t Help Falling in Love” e o maior êxito dos Anos 80  e de sempre “Red Red Wine”.

O senhor que se seguiu , no Music Valley, foi Ney Matogrosso. Dispensa apresentações e não acusa qualquer desgaste. Com o carisma e sensualidade de sempre, Ney interpretou, bailando ou baloiçando, canções emblemáticas, como a “Tua Cantiga”, “Último Dia” ou o apoteótico “Ex-Amor”.

Natural da aldeia de Tell Tamer, na região nordeste da Síria, Omar Souleyman lançou-se na música através da mistura da música eletrónica com a música tradicional síria. É uma verdadeira estrela em palco e provou-o com a enorme simpatia com que se apresentou no palco da Rock Your Street. Até flores lhe foram entregar!

Delfins, a banda pop-rock portuguesa formada em 1981 subiu ao palco, este sábado, relembrando grandes êxitos da música portuguesa.

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No palco mundo aguardava-se ansiosamente a entrada dos A-ha. É um dos nomes incontornáveis dos Anos 80. No tempo áureo dos videoclips a banda norueguesa inovava com a sua pose fresca e juvenil. Foram um êxito em Portugal, assim como no resto do mundo e as musicas são recordadas por toda uma geração. É das poucas bandas que as pessoas nunca chegaram a ver, ao vivo. Havia por isso alguma curiosidade.

Morten Harket, o vocalista mantém uma postura discreta e percebe-se que soube envelhecer. O timbre de voz acompanhou o processo: irrepreensível. Abriram com “Sycamore Leaves” e “The Swing of Things”. Referiram uma das notícias do dia, o atentado em Oslo e dedicaram o tema “Crying in the Ran” ao sucedido. É uma sonoridade datada, em que se destacam os sintetizadores, mas que o público recorda com carinho. Em especial, quando chega a sequência de temas mais populares: “Hunting High and Low”, o épico “The Sun Always Shines on TV”, “I’ve Been Loosing You”, The Living Daylights” e a fechar em grande, “Take On Me”.

Seguiram-se outras estrelas dos Anos 80, muito esperadas: Duran Duran. Começaram cheios de energia, com “Wild Boys”. Simon Le Bon canta, dança e ainda sabe distribuir charme. É simpático e interpela o público ao longo da noite. Foi intervalando êxitos entre outros temas. “View to a Kill” do filme de 1985 de 007 integra essa lista de musicas bem conhecidas do público.
“Querem um bocadinho de No No?” e o público respondeu com ânimo em “Notorious”.
“Hungry Like The Worlf” é outro dos temas revolucionários que chega com a força com que o saboreámos nos anos 80. Na época, muito a reboque do sucesso do videoclip.
Trocou de indumentária e mudou o casaco branco por um verde bem visível.
Antes de “Ordinary World” fazem referência à situação na Ucrânia e ao que as pessoas estão a passar. A intensidade do momento faz com se perdoem as pequenas falhas na voz do vocalista, que já não consegue atingir os níveis que o tema exige.

Segue-se “Tonight United” e “Planet Earth”. Fazem-se as apresentações dos músicos na banda e no final, o vocalista apelida-se de Simon Lisbon. “The Reflex” e “Girls on Film” a cruzar com “Acceptable In 80’s”, a ponte para a atualidade escrita por Calvin Harris.
O final, previsível, deixou a a plateia devidamente satisfeita com esta grande dose de anos 80: “Save a Prayer” com o recado “sabemos que sabem a letra, cantem connosco” e “Rio”.
Vieram à frente de palco despedir-se e agradecer ao público. Deixaram o maior agradecimento de sempre “Vocês são TUDO!”.
Ficamos com a certeza de que estes temas, guardados no baú, vão voltar a tocar nos próximos dias.

A fechar o terceiro dia do concerto, José Cid, provou que faz fit com a audiência do Rock in Rio, com os sucessos de sempre, o amigo To Zé Brito, e algumas novidades do novo trabalho.

Este domingo o Rock in Rio Lisboa já tem a lotação esgotada. HMB, Jason Derulo, Anitta, Post Malone, Piruka, Mundo Segundo & Sam The Kid, Dego Mranda, Malabá, Kappa Jota, Grognation, Ttica, Kola San Jon, Johnny Hookee, Kola San Jon e Idiotape, entre outros.

Recorde os dias anteriores da edição de 2022
A Dança Da Chuva Com Muse Na Primeira Noite De Rock In Rio Lisboa
Segundo Dia de Rock In Rio Lisboa Na Vibe Da Dança

Anos 80

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