
É no dia 27 que Nástio Mosquito marca o arranque da vertente musical do evento. O também artista plástico angolano promete animar o São Jorge na companhia dos Moço Árabe, o novo projeto de Guillerme de Llera. Na noite seguinte, a festa é feita pelos moçambicanos Ghorwane. O R&R encerra com a reunião inédita d’Os Tubarões. Aliás, é este grupo histórico, através do seu tema “Labanta Braço, Grita Bo Liberdade” que dá o mote à oitava edição do festival
Quem quiser dar uns passos de dança tem ainda à espera no sábado, dia 23, o Baile das Independências conduzido pelos guineenses Djumbai Djazz, no foyer do São Jorge. No foyer do primeiro andar será também possível apreciar, ao longo de todo o festival, Filhos do Vento, exposição de fotografia na qual o fotojornalista do Público Manuel Roberto conta a história dos filhos da guerra colonial.
O Rotas & Rituais inclui no seu programa quatro conferências, coordenadas pelo rapper General D e pelas jornalistas Catarina Gomes e Marta Lança. Em cima da mesa estarão temas relacionados com o colonialismo e com o futuro construído a partir dele.
A arte urbana enquanto palco de intervenção social estará em destaque nesta edição do R&R através do desafio lançado pela Galeria de Arte Urbana da Câmara Municipal de Lisboa. As propostas selecionadas nesta revisitação das independências à luz da atualidade participarão na pintura de um mural na Rua Cais de Alcântara.
O AfroLis, audioblogue da responsabilidade de afrodescendentes a viver em Lisboa, fará a cobertura do festival a partir do Cinema São Jorge.
A entrada nas diversas atividades é livre, estando sujeito à limitação das salas. Exceção feita aos concertos, cujos bilhetes têm o custo de oito euros e podem ser adquiridos nos locais habituais.
Texto de Alexandra Gil