Publicada após a morte do autor, Sinais de Fogo é a obra mais conhecida de Jorge de Sena e, segundo Eduardo Lourenço «merece o título de «grande livro» mais ainda do que de «grande romance», chega agora numa nova edição com selo Guerra & Paz.
No livro acompanhamos as memórias de Jorge, estudante de boas famílias, que relembra as histórias do seu vertiginoso Verão de 1936. De Lisboa à Figueira da Foz, o protagonista seduziu a criada, frequentou bordéis e foi mesmo masturbado num eléctrico. Estes e muitos outros episódios, tratados com vivíssima emoção por Jorge de Sena, dão-nos também um retrato de Portugal nos anos 30, em pleno Estado Novo, a Guerra Civil a incendiar a vizinha Espanha.
Um retrato dos anos 30, mostra-nos as idiossincrasias de um país mergulhado numa ditadura e apresenta-nos aquela que é considerada das grandes personagens da literatura portuguesa: Jorge. E é pela mão de Sena que acompanhamos as várias iniciações deste seu protagonista: a sexual, a política e a poética.
Um romance em que se revela, com audácia, a irrupção da sexualidade, o choque da homossexualidade, a surpresa da libertinagem e, sobretudo. esse momento sublime que é a descoberta íntima, visceral e transformadora da poesia, Sinais de Fogo põe em evidência tudo o que em Jorge de Sena é escândalo, erudição, transcendência, emoção pura e universalidade. É por isso urgente dar-lhe uma nova vida e sobretudo novos leitores.
A obra editada pela Guerra e Paz está incluída nas Novas Edições de Jorge de Sena, que entre os títulos de ficção, conta já com O Físico Prodigioso, Andanças do Demónio e Novas Andanças do Demónio, e está já disponível nas livrarias.
