Não há duas sem três, porém, mesmo assim, temos quarta ronda domingo! O terceiro dia consecutivo mais festivo da Caparica 2024.
Insert Coin
O terceiro dia, contou com uma das aberturas no palco principal mais atípicas do festival, a dupla animadora, Insert Coin, composta por João Paulo Sousa e Joel Rodrigues tem uma performance em palco, e até em plateia bem diferente do convencional, pela positiva e pelo salto.
Com a mensagem de #10AnosdeBaile , logo nos primeiros minutos da atuação, João não hesitou em invadir o espaço do público para interagir e puxar pelo mesmo. Todos tiveram que baixar e saltar no momento certo da “I Gotta Feeling”.
No decorrer da atuação tivemos participação especial da equipa de animação natalícia de Óbidos para “celebrar o Natal em Agosto”, citando o momento.
Esta atuação contou com diversos momentos nostálgicos dos anos 80, 90 e 2000, entre alguns efeitos sonoros e visuais em ledwall com “pérolas da televisão portuguesa” e publicidades icónicas, sempre em contacto e interação direta com o público que adora sempre uns Morangos com Açúcar e throwback aos D’zrt.
Posteriormente, centenas de tote bags que foram oferecidas e até mesmo lançadas ao público, continham cada, uma t-shirt estilo graphic, com design personalizado da dupla, para também fazer referência ao “Bom Regresso às Aulas!”.
Só se teve a ganhar com os Insert Coin, souberam sair do convencional de maneira própria, adequada, animada e generosa.
Danni Gato
O DJ e Produtor Dani Gato é o um dos fenómenos do género musical Afro House, com sucesso a nível nacional e internacional, discos e leitores de música são a sua línguagem.
A sónica do DJ é alucinante, viciante e quase impossível de não aderir à energia positiva e vibrante do seu show.
No palco principal, “Num tás a ver”, “Imagina Só” um dj Set de qualidade, repleto de clássicos e produções autorais. É realmente de tirar o pé do chão, “Danni Gato toca assim então, OSKEY!”
Fez-se sentir a maré viva pelo ritmo do público que conhece-o bem e também por quem o ficou a conhecer, o Sol da Caparica é sinónimo dos 8 aos 80 e o gosto pelos seus ritmos, foi transversal a qualquer festivaleiro.
Bárbara Bandeira
Bárbara Bandeira, durante o que foi o terceiro pôr do sol no festival Sol da Caparica este ano, junto da sua banda deu início ao espetáculo com a primeira faixa do seu mais recente álbum Finda.
Nas primeiras palavras que disse, “Amanheceu Céu Limpo”, o que era a expectativa e tensão do público, transformou-se em gritos e louvores.
Muito acerca do jogo de luzes e efeitos especiais com palete de cores entre o azul frio e o cor de rosa quente, a tonalidade do ambiente é brilhante e vibrante com a sonoridade própria da cantora; que mesmo levando para o palco, em certos momentos do espetáculo, um coro composto por 6 vozes, o coro de milhares estava na plateia.
Com menção especial aos hits/sucessos de milhões crescentes, tais como “Onde Vais”, “Como Tu”, “Carro”, “Nós os Dois”, “Cristaliza” e outros tantos; em certa ocasião em conversa com o público, a cantora entusiasmada expressa-se com orgulho: “Eu nasci e fui criada na margem sul(…)”.
Com momentos impressionantes de marés de gente de braços nos ares, com letras apelativas ao sentimento, ritmo marcado e solos estrondosos dos guitarristas, este espetáculo foi sinónimo do impacto da cultura Pop portuguesa na nação.
Os Quatro e Meia
Um verdadeiro sexteto fantástico português de talento musical apresentou-se pela noite, no local das principais atrações sónicas do agosto mais quente da Caparica.
Outrora finalistas do festival da canção, com um universo e atmosfera única, entre guitarras e contrabaixo, som do violino e bandolim, acordeão, percussão, e duas vozes inconfundíveis, estes são Os Quatro e Meia que deram um concerto inteiro este ano no Sol da Caparica.
Mesmo pela noite, num dos dias aparentemente com mais aderência do público, ninguém deixou de “Sentir o Sol” com a banda, “A Terra Gira” e foi “Na Escola” que se aprendeu!
Existem desde 2013, mas foi desde 2017 que até hoje souberam mostrar que “P’ra Frente É Que É Lisboa” com o álbum “Pontos nos Is”.
Apresentaram ao público também, uma música inédita intitulada de “Terraplanismo” com o tópico das relações amorosas.
O mar de gente da Margem Sul, fez-se sentir e tiveram todos que dizer “Olá Solidão” em conjunto, pois, sabem que “O Tempo Vai Esperar” e a “Saudade” baterá “Amanhã”.
XUTOS & PONTAPÉS
O ambiente festivaleiro na Caparica, mesmo com jogo do Benfica ou Sporting no mesmo dia, foi realmente mais apoiado pelos adeptos dos Xutos & Pontapés.
Principalmente à noite, 00h15 quando se apresentaram no minuto prometido, os adeptos fizeram do recinto do festival a sua verdadeira “Casinha” com orgulho à pátria nacional.
O fenómeno e personificação do “Big Bang” do movimento Rock & Roll Português que fará 45 anos de existência em breve, fora e continua a ser sonante e nostálgica em cada finalização de solo de guitarra atualmente. Com uma energia consistente, muito própria e singular, o ritmo marcado faz jus ao nome da banda, a dança típica , rodas partilhadas e salvas de palmas em conjunto, a apreciação geral é reflexo do que é um público de fãs dos “8 aos 80” adepto do grupo musical.
Só quem esteve presente numa das maiores concentrações do que é o culto da maré da Caparica, sabe o quanto “O Homem Do Leme” veio a remar pelos “Contentores” que dançavam com o estrondo do espetáculo da banda.
Menção honrosa ao momento “Atirei o pau ao gato (…)” , foi, de partir tudo.
Capicua
eles têm medo, que não tenhamos medo
Ana Fernandes, mais conhecida por Capicua, poetisa, artista e escritora apresentou-se no Palco Bandida do Pomar.
Fazendo referência a uma canção da cantora rap, “O Quadrado Perfeito”, este quadrado que a mesma habitou, foi mais que perfeito. Show intimista com banda, que se situava ao seu lado esquerdo. Entre vozes harmoniosas proferia todas as palavras com clareza e densidade, onde o dom da palavra não lhe era retirado. Militante e eximia, o seu espirito proferia por si.
De olhos cerrados percorria o perímetro do palco, a mesma virava-se e revirava-se para dançar e sentir o que para si é autoria.
Conta-nos histórias e lições para uma vida.
A plateia presente demonstrou o carinho cultivado pela cantora acompanhando em coro, um dos seus grandes sucessos, “Vayorken” e não só; pois a gente, diverte-se imenso.
Gilsons
Gilsons, respetivamente José Gil, Francisco Gil e João Gil, o trio musical veio trazer um cheirinho de MPB a quem os recebeu de braços bem abertos.
Com uma veia familiar bastante musical, este trio trouxe a calmaria que o festival necessitava.
Entre trompetes e vozes que assemelham-se ao mar que aplana o solo, ecoaram nos ouvidos de festivaleiros portugueses e brasileiros. Os mesmos sentiram-se animados por estarem em Portugal mas especialmente por verem os que são mais próximos deles.
Entre os horários de todas as atuações do festival, colidiam dois contrastes nos ouvidos de quem passeava pelo recinto, de um concerto pancada total de Xutos & Pontapés num lado e quase como uma transição imperceptível tinha a calmaria melódica e contagiante dos três irmãos.
O que esperar da quarta e última ronda ?
O mais famoso Padre DJ de Portugal, intitulado e Padre Guilherme.
O “Demónio da Tarraxinha” impossível de Controlar, Badoxa.
O “Sentimental” “Paraíso” estrondoso de Diogo Piçarra com participações especiais.
O Fenómeno do Funk de São Paulo diretamente do Brasil, “3 Dias Virado” MC IG
Finalização com chave de ouro “Tinoni” de T-Rex, vencedor dos prémios play 2024.






















