
A apresentação da nova carta de vinhos da companhia aérea portuguesa decorreu recentemente no Centro de Artes Culinárias, em Lisboa. No evento foi possível conhecer alguns dos néctares selecionados bem como descobrir alguns segredos do processo de escolha levado a cabo por nove especialistas, dos quais seis portugueses e três brasileiros. Como explicou o enólogo João Paulo Martins, existem diferenças entre saborear um vinho em terra e em altitude, devido a alterações nas capacidades olfativas e gustativas. Daí que um excelente vinho em terra possa não ser o mais indicado para ser servido a bordo de um avião.
Para que não restassem dúvidas, foi levada a cabo uma prova cega, ou seja com os rótulos tapados, em terra, durante a qual foram apreciados quarenta vinhos tintos, igual número de brancos e ainda uma dezena de espumantes. Destes foram selecionados dez tintos, dez brancos e quatro espumantes, que se sujeitaram a uma contraprova em dois voos entre Lisboa e os Açores, a bordo de um A330.
Os resultados mostram que os brancos e tintos jovens, aromáticos e frutados são os mais indicados para a altitude, deixando para segundo plano os mais alcoólicos, complexos, amadeirados e com taninos mais fortes.
Da lista fazem parte, em representação do Alentejo o Dona Maria Tinto de 2010, o Esporão Verdelho branco de 2102, o Paulo Laureano Reserva Branco de 2012, o Monte Velho tinto de 2012, o Paulo Laureano Clássico branco de 2012. O Tejo, esse surge com o Quinta da Alorna Reserva Arinto/Chardonnay branco de 2012.
Do Dão chega o Cabriz Espumante Dão Especial Edition Bruto de 2012. O Douro contribui para a carta com o Churchil’s Estates Grande Reserva tinto de 2007, o Casa Ferreirinha Callabriga tinto de 2010, o Poças Reserva branco de 2011, o Porto Ferreira Quinta do Porto 10 anos Tawny, o Graham’s 10 anos V. Porto Tawny, o Vale da Raposa tinto de 2011, o Casa Ferreirinha Esteva tinto de 2011 e o Vila Regia branco de 2012.
A Bairrada encerra o lote com o Colinas tinto de 2007, o Luís Pato Espumante Blanc de Blancs de 2012 e o Colinas Espumante Brut Nature de 2010.
Por Alexandra Gil