
Em O Escurial, “o diabo está à solta, esquecido de que um dia foi anjo. E quem diz o diabo diz o mal, poço negro das almas aonde nenhuma luz alguma vez chegará. ‘O Rei está triste, o Rei tem um desgosto…’. A rainha, ‘bela, pura e santa’, está á beira da morte. O que dá ao monge, figura misteriosa que vai e vem como um fantasma das más notícias, a tarefa de preparar as honras fúnebres. O enlouquecido monarca, sentado num trono putrefacto, sofre “segundo o protocolo” à espera de ser divertido por um bobo da corte que já não o faz rir. O que é que lhe resta? Propor ao animalesco folial uma derradeira farsa, um perigoso e decisivo exercício de representação”.
Dinarte Branco e Tiago Nogueira encenam esta peça, compondo ainda o elenco ao qual se junta Tiago Barbosa.
Com tradução de Júlio Gesta e produzida pela Molloy Associação Cultural, O Escurial está em cena de quinta-feira a sábado, às 21h30 e ao domingo, às 16h00. Os bilhetes custam 15 euros, havendo desconto de 50% para estudantes, jovens até 25 anos e grupos de dez ou mais pessoas. Maiores de 65 anos pagam 7,5 euros.
Texto de Alexandra Gil