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The Cure A Fazer Chorar, Cantar E Dançar Na Primeira Noite De NOS Alive

Reportagem de Tânia Fernandes e António Silva

The Cure no NOS Alive 2019

Uma verdadeira limpeza ao sótão de memórias, proporcionaram os The Cure, na primeira noite de NOS Alive. O público cantou, dançou, chorou e celebrou músicas que têm mais de 30 anos. 

Lotação esgotada, de acordo com a organização, no primeiro dia de NOS Alive 2019. Bandas rock, de diferentes gerações, no palco principal, novos talentos para descobrir nos restantes espaços. O público foi-se distribuindo pelo recinto, de forma até pouco habitual, numa procura de experiências diferentes além dos nomes grandes do cartaz. O calor extremo, que se fez sentir durante o dia, fez com que alguns dos espaço se transformassem em verdadeiras saunas.

Foi com um encore de luxo que os The Cure se despediram: “Lullaby”, “The Caterpillar”, “The Walk”, “Friday I’m in Love”, “Close To Me”, “Why Can’t I Be You” e “Boys Don’t Cry”. Com os mesmos gestos, trejeitos e tiques, com que Robert Smith enfeitiçou os jovens, há uns trinta anos. A figura é outra, mas o timbre e as melodias estão de tal forma gravadas na memória, que acabam sempre por libertar emoções. E o público reage de forma imediata e natural.

The Cure
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Em “Pictures of You” o ecrã mostra-nos uma festivaleira em lágrimas. “Lovesong”, o maior poema é cantado em coro e em “The Forest” o público é emergido no ambiente, pelos potentes focos de luz verde. O alinhamento é quase “uma sim, uma não”, entre musicas mais conhecidas e trabalhos mais recentes. E o público deixou-se ir neste comboio de nostalgia. Percebe-se que os The Cure continuam a ser uma banda, e que há ligação entre todos os elementos: Robert Smith (vocalista e guitarras), Simon Gallup (baixo), Jason Cooper (bateria), Roger O’Donnell (teclado) e Reeves Gabrels (guitarras).

Antes, e num recinto quase deserto, os Mogway levaram ao palco NOS um ambiente quase cinematográfico, com as suas guitarras distorcidas e baixos melódicos. Pouca luz, para deixar o publico viajar. Do outro lado do recinto, o ambiente era vibrante. Foi a estreia de Loyle Carner, o novo prodígio do hip hop britânico, em palcos nacionais. Trouxe um hip hop alternativo, distinguindo-se pela sua voz suave e mensagem consciente. Um sucesso, para quem ainda estava a recuperar da arrebatadora atuação de Jorja Smith. Quem não chegou antes do início do concerto ao recinto do palco Sagres, só conseguiu ver a estrela britânica através dos ecrãs. Um mar de gente deixou-se embalar pela sua voz incrível. De vestido brilhante e atrevido, a cantora apresentou o seu álbum de estreia Lost & Found editado em junho de 2018.

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Como tem sido habitual, nas edições anteriores, há muito público estrangeiro pelo recinto. No entanto, antes das 21h00 eram maioritariamente os portugueses que se chegavam à frente do palco principal para assistir ao concerto dos Ornatos Violeta. Foi um regresso especial, para o NOS Alive, para brindar o público com a interpretação integral da sua obra O Monstro Precisa de Amigos. Um rock português, a celebrar vinte anos de edição e a conquistar o público.

Da Austrália, e para espalhar o amor, voltou Xavier Rudd. O cantor e compositor veio com “a paz e o amor no coração, tocar para pessoas de todos os credos, religiões e orientações”. Trouxe êxitos como “Rusty Hammer”, “Come Let Go”, “Storm Boy” e deixou todos aos pulos, a dançar com “Follow the Sun”. Muito boa vibração no ar!

Da Califórnia vieram os Weezer. De panamá enterrado até aos olhos, Rivers Cuomo (voz e guitarra), distribuiu boa disposição com o seu rock. Um público um pouco letárgico (calor?) despertou para dançar ao som do clássico “Porn and Beans” e depois uma versão agradável e surpreendente do êxito dos A-ha “Take On Me”. 

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Mesmo com muito calor dentro da tenda do palco Sagres, Sharon Van Etten conseguiu encher o espaço de fãs. “É uma honra estar aqui” disse logo no início do concerto. Muitos telemóveis no ar, registavam o timbre da cantora que se tornou conhecida pela carreira televisiva, ao participar na série “The OA”. A norte americana trouxe temas do novo trabalho Remind Me Tomorrow, mas não deixou de tocar algumas das suas mais conhecidas como “All I Can”, “Every Time the Sun Comes Up” ou “Serpents”, tema com que se despediu.

Linda Martini abriram o palco principal. Um rock, cada vez mais consolidado, prejudicado aqui pela hora e a temperatura elevada que se fazia sentir. 

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O NOS Alive volta a abrir portas, esta sexta-feira, no Passeio Marítimo de Algés. Oportunidade para assisitir aos concertos de Primal Scream, Vampire Weekend, Grace Jones, Gossip ou Cut Copy e descobrir muitos outros. Os bilhetes diários estão à venda pelo preço de 60,98 euros. Veja aqui qual a melhor forma de chegar ao recinto.

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