O Fim das Possibilidades avança por dentro da cabeça de João Baptista – J.B. para os amigos, também o nome da marca de whisky favorito da personagem –, um Job moderno sem job que, no pesadelo de uma noite, vê chegar um presente sem presença de vida, Satã. O diabo quer oprimir JB, fazê-lo sofrer e perder o emprego, para o enviar às profundezas da terra, com todos os desfavorecidos. JB então monta o seu próprio suicídio, uma coisa grotesca, espécie de farsa terminal, num “espírito farsesco da Idade Média”, segundo Jean-Pierre Sarrazac. A peça dá, para o autor, palavra às pessoas que “ têm uma profissão, que têm ainda um emprego, estão perto de o perder”.
A peça, uma coprodução com o Teatro da Rainha, está em cena até 27 de março, Dia Mundial do Teatro. O Fim das Possibilidades sobe ao palco do TNSJ às quartas-feiras, às 19h00, de quinta a sábado, às 21h00, e aos domingos, às 16h00. Os bilhetes podem ser adquiridos a partir de 7,5 euros.
Texto de Sandra Mesquita
