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Uma Viagem…Dentro Da Viagem Medieval

Reportagem de Rosa Margarida (Texto) e Paulo Soares (Fotos)

A Viagem Medieval em Terra de Santa Maria, a decorrer até ao dia 11 de agosto, tem como contexto histórico o Reinado de D. Fernando, o Belo Inconstante. No recinto desta 23ª edição viaja-se até ao século XIV, com recriações históricas, espetáculos, animação circulante, feira franca e diversas outras atividades. A Viagem Medieval oferece, ainda, outras viagens, convidando o visitante a vivenciar experiências únicas, num tempo que – aparentemente – volta para trás.

O Castelo de Santa Maria da Feira, “peça única da arquitetura militar portuguesa, espelha a diversidade de recursos defensivos utilizados entre os séc. XI e XVI”. Data de 1448 a linha arquitetónica que hoje apresenta, depois do seu restauro a mando do D. Afonso V. Em teoria, um restauro que ainda nem sequer aconteceu (por estes dias) já que o Castelo está mergulhado no último reinado da I dinastia (1367-1383). 

Aberto entre as 15h00 e as 21h00, com a última entrada às 20h30, hora em que se anuncia, em alta voz, o fecho de portas, o Castelo recria o quotidiano régio. Na Praça das Armas, escrivãs, lavadeiras e falcoeiros encenam histórias d’outrora, entre pregões e discussões, recriando antigos ofícios. A entrada do Castelo é ocupada pela cozinha real, onde cozinheiras e padeiras, se revezam na confeção dos alimentos. Um local de intrigas e de brigas, de maledicência e de reverência, onde as jovens se ajoelham à passagem dos nobres e dos monges. Recebem os visitantes com estridentes “Santa tarde” e enchem de alegria uma visita mágica. Na Torre da Menagem, espaço para os aposentos reais, onde a rainha descansa e as suas aias enveredam esforços para satisfazer os seus mais ínfimos caprichos. O Rei passeia-se pelo Castelo, em acalorados debates com nobres e o visitante, embebido do espírito medieval, sobe à Tenalha, uma fortificação para proteger a torre de menagem, disposto a defender o Castelo. Passeando pelas Torre do Poço e Torre da Casamata, o visitante é transportado para outro século, entre as histórias que o Castelo encerra e as histórias que hoje, ali se contam e recriam.

A visita ao Castelo tem um custo de 3 euros.

A Capela, junto à barbacã, mandada edificar em 1656 – e portanto outro dos espaços que à época retratada não existia – acolhe, das 18h30 às 00h00, os “Sons da Capela”, com atuações de Os Monges, Mediaevus Chorus, Gaudium Vocis, Tuna Mozelense, Cantigas Santa Maria, entre outras. 

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Os Banhos Públicos de S. Jorge, no cenário plácido da Quinta do Castelo, são um convite ao relaxamento e retemperação, ao som de harpa e artes de bailado. “Os banhos públicos são a herança legada dos hábitos higiénicos romanos e muçulmanos (…). Ao longo dos tempos, reis e rainhas trataram de suas enfermidades em Banhos Públicos, consagrando os benefícios milagrosos das águas minerais”.

A funcionar entre as 15h00 e às 00h00, com última entrada às 23h30, os Banhos de S. Jorge, recriam práticas ancestrais do termalismo. Com um custo de entrada de 3 euros, o visitante poderá disfrutar de banho pulverizado nas pernas, chá e repouso com concerto de harpa e espetáculo de bailado. Das 15h00 às 16h00, a entrada é grátis na compra de unguento.

O espaço conta com as atuações “Os Rituais de Banho de Dona Leonor”, das 15h30 às 19h30 e as “Inconstâncias de D. Fernando”, das 20h45 às 23h45.

Numa valorização da atividade termal, com benefícios terapêuticos comprovados, os banhos de S. Jorge são uma das viagens, na Viagem.

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O Museu Convento dos Loiós, espaço dedicado à História do Concelho e de Região, aberto das 15h00 às 00h00, com entrada gratuita, convida a conhecer “testemunhos do passado, como herança histórica e cultural”.

A exposição permanente é constituída por coleções de arqueologia, de história local e de etnografia.

A exposição temporária “Pera Tanger e Musicar – Instrumentos Musicais” estará patente até ao dia 1 de setembro. Numa viagem à música medieval, o visitante poderá conhecer instrumentos de percussão, de sopro e de cordas. No final da visita, tempo para “Sentir e Tatear – Exposição Tátil”, um convite para conhecer a história dos instrumentos e experimentar a gaita de foles, o acordeão ou a pandeireta.

São estas algumas das viagens da Viagem Medieval, que até ao dia 11 de agosto, animam e encantam os visitantes.

Até ao Cortejo Real, a acontecer no último dia do evento, pelas 19h00, poderá passear pelo centro histórico de Santa Maria da Feira, ao som de cânticos e tambores, ser interpelado por uma lavadeira descarada, ser benzido na testa por um monge, deliciar-se com as iguarias – que passam indubitavelmente pela famosa Fogaça, regadas a sangria e vinho. 

E, por falar em sangria e vinho, um brinde – em caneca de barro – à Viagem Medieval!

A pulseira, válida para todo o evento, tem um custo de 8 euros. O preço do bilhete diário varia entre os 2,50 euros e 4,50 euros, dependendo do dia do evento. As crianças até 1,30 m de altura estão isentas de pagamento.

Nota ainda para a possibilidade de adquirir um bilhete experiência, com custo variável, para “viver o evento de forma mais intensa e sensorial”, desde “Cavaleiro/Princesa por um dia”, “Merenda no Povoado” ou “Visita guiada com História”.

 

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