A Porto Editora publicou recentemente Educação da Tristeza, de Valter Hugo Mãe, “um tratado sentimental sobre a ausência e a urgência de continuar”.
“Há livros que se lêem com os olhos. Outros com o coração. Educação da Tristeza lê-se com a alma toda”, descreve a editora na apresentação.
Nesta, que é a primeira obra da coleção de não ficção Escola É Casa Aberta, Valter Hugo Mãe oferece-nos um conjunto de textos curtos, mas emocionalmente vastos, onde a perda se apresenta como herança porque «as pessoas que perdemos somam», lembra o autor, e somam à nossa memória, à forma como resistimos, à maneira como amamos depois de termos amado.
É um livro íntimo, como se nos fosse entregue em voz baixa. Sem gritos nem dramatismos, apenas de quem aprendeu que a tristeza faz parte do amor. Valter Hugo Mãe escreve sobre o luto, sim, mas com um humor finíssimo que acaricia a dor.
Educação da Tristeza é uma celebração daquilo que fica quando tudo o resto parte. Para quem ainda sente, para quem ainda recorda, para quem ainda está disposto a amar, mesmo em falta.«O tamanho da vida está todo dentro do amor. Se amarmos, somos extensos, infinitos. Se não amarmos, recolhemos como bocadinhos de poeira sem sentido, sem valor.»
As pessoas que perdemos somam. Somam à ausência mas são nosso património mais delicado, um reduto de fortuna e saudade que detemos mais dedicadamente do que ouro. Nestes textos, Valter Hugo Mãe revela parte do seu ouro mais caro. Um muito íntimo retrato da tristeza que não se quer vencedora. Muito ao contrário. Uma tristeza educada não desaparece, ela torna-se respeitosa com a necessidade de sobreviver, de continuar a lembrar, de continuar a amar.
O livro encontra-se disponível nas livrarias, pelo preço de 17,75 euros.
